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Ativistas protestam na Prefeitura contra foie gras

Manifestantes pressionam prefeito Fernando Haddad a sancionar projeto de lei que proíbe comércio do alimento na capital

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h20 - Publicado em 24 jun 2015, 17h45
Ato contra foie gras
Ato contra foie gras ( Dário Oliveira/Folhapress/)
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Um grupo de defensores dos animais organizou ato em frente à Prefeitura de São Paulo na manhã desta quarta (24) para pressionar o prefeito Fernando Haddad (PT) a sancionar o Projeto de Lei n° 537/2013, que tem como objetivo proibir o comércio de peles de animais e foie gras – tipo de patê de fígado de gansos, que são alimentados à força.

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Com cartazes e máscaras representando animais, os manifestantes fizeram um ato silencioso na porta da Prefeitura e pediram uma reunião com o prefeito para fazer a entrega de um abaixo-assinado com quase 100 mil assinaturas solicitando a sanção. Esta quarta é o último dia antes do anúncio da decisão de Haddad.

“Essa atividade está sendo abolida em vários países e a gente sabe que o ser humano tem o impulso de ser justo com os animais. Nós não pensamos em destruí-los”, afirmou o coordenador nacional de grupos da Sociedade Vegetariana Brasileira, Ricardo Laurino.

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A atriz e apresentadora Luísa Mell também participou do ato. “O prefeito pode até vetar, mas ele vai ter de nos receber hoje. Nós somos um grupo representativo e a defesa dos animais é uma causa de relevância política e social.”

Na manhã desta quarta-feira, o prefeito fazia visita ao Centro de Educação Infantil (CEI) Cachoeira de São Benedito, na Vila São Nicolau, na Zona Leste.

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O vereador Laércio Benko (PHS), autor do projeto de lei, cumprimentou os manifestantes e não demonstrou confiança em relação à sanção da lei. “Estou um pouco pessimista por causa de alguns sinais de que o prefeito deu. Se ele fosse sancionar, já teria me chamado para uma conversa.”

Benko diz que a importância do projeto de lei ultrapassa as fronteiras da cidade. “São Paulo é uma referência nacional. O que acontece aqui é replicado para todo o País”, afirma. “Muitos chefs me condenaram, mas o boi, por exemplo, sofre no momento do abate. No caso do foie gras, o animal tem uma vida de sofrimento e isso não é necessário.”

Ativista do Move Institute, Danielle Simões, de 28 anos, foi ao local para se posicionar pelo fim do uso das peles de animais. “Grande parte da população é contra esse comércio, que é totalmente desnecessário. A indústria já tem produções mais ecológicas do que a produção com peles.”

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Por volta das 11h30, uma comissão foi recebida pelo secretário municipal de Relações Governamentais, Alexandre Padilha. Ele explicou que o projeto ainda está sendo avaliado pela Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos. “Tem um momento de análise jurídica e isso está sendo feito. A Prefeitura é sensível quanto à questão e também a proibir o sofrimento dos animais”, declara Padilha.

O secretário encaminhou o grupo para uma segunda reunião, desta vez na pasta de Negócios Jurídicos. Os ativistas ainda estavam no encontro por volta de 12h45. Eles afirmam que não deixarão a Prefeitura sem falar com Haddad.

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