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OLÁ,

Professor da Unesp é chamado de “macaco” e esfaqueado em Bauru

Juarez Xavier voltava para casa quando foi agredido por um rapaz de 30 anos, que chegou a ser preso, mas pagou fiança e deixou a cadeia

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 14 fev 2020, 15h50 - Publicado em 21 nov 2019, 11h40
Juarez Xavier levou duas facadas: uma delas no ombro esquerdo (Reprodução/Veja SP)
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Um professor do curso de jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) tomou uma facada ao reagir depois de ter sido chamado de “macaco” em Bauru, no interior de São Paulo. A agressão ocorreu nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra.

Juarez Xavier, de 60 anos, levou dois golpes de canivete: um nas costas e outro no ombro. O professor contou que estava voltando para casa após ter ido marcar uma consulta médica.

No caminho, próximo a um supermercado da cidade, diz ter encontrado um rapaz de 30 anos de idade que não parava de encará-lo e apontava algo em sua direção. “Parecia um controle de portões eletrônicos. Eu fiquei olhando para ele. E aí o cara gritou: ‘macaco'”.

Xavier relatou ter ido tomar satisfação. Quando chegou para conversar com o rapaz, foi imediatamente atacado. “Ele simplesmente abriu o canivete e veio na minha direção. Eu o contive. E acabei tomando duas facas”, afirma.

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Um segurança do supermercado e outra pessoa que estava fazendo compras ajudaram a segurar o agressor, que foi preso em flagrante. Segundo Xavier, o rapaz ainda tentou fugir.

O nome do agressor é Vitor dos Santos Munhoz. Embora tenha sido preso em flagrante, ele pagou fiança de 1 000 reais e foi liberado no mesmo dia, segundo informações da Polícia Civil de Bauru.

Machucado e sangrando muito, Xavier foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento de Bauru. Lá, recebeu medicação e foi liberado pouco tempo depois. À noite, Xavier disse ter prestado queixa na delegacia. “Isso tudo é muito complicado. Não dá para acreditar que esse tipo de manifestação ainda esteja acontecendo em pleno século 21”, desabafa.

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“Precisamos nos desarmar. Não tem sentido alguém andar com uma arma dessas na rua. Eu tive condições de me defender. E se fosse alguém que não tivesse?”.

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