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OLÁ,

Procurador que agrediu chefe é preso ao sair de hospital psiquiátrico

Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, foi detido em Itapecerica da Serra

Por Clayton Freitas
Atualizado em 23 jun 2022, 11h15 - Publicado em 23 jun 2022, 10h54
À esquerda, momento em que Demétrius defere um dos vários socos que deu contra sua chefe: à direita, ele saindo de um hospital psiquiátrico na Grande São Paulo nesta quinta-feira
À esquerda, momento em que Demétrius defere um dos vários socos que deu contra sua chefe: à direita, ele saindo de um hospital psiquiátrico na Grande São Paulo nesta quinta-feira (Polícia Civil/Divulgação)
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Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, procurador da prefeitura de Registro que agrediu a chefe, a procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39, foi preso nesta quinta-feira (23) na cidade de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

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As agressões ocorreram na última segunda-feira (20) dentro da prefeitura. Após a repercussão do caso, a Polícia Civil decidiu pedir a prisão preventiva à Justiça, que acatou o pedido.

Demétrius chegou a ser procurado em Registro e não foi localizado. Imagens da prisão do procurador divulgadas pelo Palácio dos Bandeirantes e captadas pela Polícia Civil mostram ele saindo do Hospital Santa Mônica, em Itapecerica da Serra, especializado em tratamento psiquiátrico.

Após ter dado socos no rosto e vários chutes em Gabriela, Demétrius chegou a se apresentar em uma delegacia confessando o crime, porém, foi liberado pelo delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1° Distrito Policial de Registro. Após a repercussão do caso, que contou com manifestação pública até do governador Rodrigo Garcia (PSDB), outro agente, o também delegado Daniel Vaz da Rocha, da mesma delegacia, determinou pelo pedido de prisão.

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Segundo o documento encaminhado à 1ª Vara Criminal da cidade, que reuniu fotos e vídeos da agressão, Demetrius vinha apresentado sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho. “Sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e, consequentemente, a ordem pública.”

Em nova manifestação nesta quinta-feira, Garcia comemorou a prisão. “Agressor de mulher vai pra cadeia aqui em São Paulo. Denuncie sempre”, escreveu em suas redes sociais.

Relembre o caso

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O covarde espancamento aconteceu perto as 17h da última segunda-feira (20) dentro do local onde Demétrius e Gabriela trabalhavam, na sede da prefeitura de Registro. Imagens da agressão mostram Demétrius xingando e desferindo vários socos contra a colega e inclusive chega a derrubá-la no chão. Mesmo caída, Gabriela continua sendo agredida com pontapés. Ao levantar, leva mais um soco no olho. Outras colegas da procuradora-geral tentam conter Demétrius, sem sucesso. Com a ajuda de colegas, ela consegue se trancar  numa sala e Demétrius acaba sendo contido por dois homens que ouviram os gritos.

Em depoimento à DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Gabriela afirmou que Demétrius vinha apresentando atitude grosseira contra uma funcionária da unidade. Ao ser questionado a respeito, no dia 30 de maio, ele foi ríspido na resposta e a expulsou da sala.

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A procuradora-geral pediu à Secretaria de Administração, responsável por cuidar da situação dos funcionários públicos, a abertura de processo disciplinar para averiguar  o comportamento do colega. O  nome dos integrantes da comissão responsável pelo processo foram divulgados no Diário Oficial da cidade de Registro na última segunda. Gabriela disse em seu depoimento à polícia que este teria sido o motivo que pode ter justificado as agressões do colega.

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Após a agressão, o procurador se apresentou espontaneamente à polícia e confessou ter espancado a colega. Mesmo assim, saiu pela porta da frente, já que o delegado responsável não julgou ser necessária nenhuma medida a respeito além do registro da ocorrência.

Gabriela tentará na Justiça uma medida protetiva. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito Nilton Hirota (PSDB) ser totalmente contra qualquer tipo de violência. “Venho manifestar toda a minha indignação contra o ato execrável e abominável”, afirmou.

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A reportagem não conseguiu localizar a defesa do procurador.

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