Em janeiro, a Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência pedindo para investigar se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de fato se vacinou contra a Covid-19 na capital.
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De acordo com o boletim, divulgado pela Globonews, foi inserida na plataforma Vacivida – sistema onde são lançadas as aplicações de vacinas contra a Covid-19 na cidade – a informação de que Bolsonaro recebeu uma dose da Janssen na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, na Zona Norte da capital, em 19 de julho de 2021.
Entretanto, funcionários do Programa Municipal de Imunização fizeram um rastreamento e constataram que o município não recebeu o lote da vacina que constava no registro, e que a enfermeira que teria aplicado o imunizante “nunca trabalhou na referida unidade de saúde” e que a UBS Parque Peruche “nunca realizou atendimento ao senhor Jair Messias Bolsonaro“.
O ex-presidente esteve em São Paulo no dia 18 de julho de 2021, um dia antes da suposta vacinação, quando ele recebeu alta médica após passar quatro dias internado no Hospital Vila Nova Star, na Zona Sul, por obstrução intestinal.
A suposta falsa inserção de informações sobre a vacinação do ex-presidente também é investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU), de maneira sigilosa. Apesar de constar que a vacina foi aplicada em julho de 2021, a inserção dos dados no sistema do Vacivida e do Ministério da Saúde só foi feita em outubro de 2022.
A Polícia Federal investiga um esquema de falsificação de dados de vacinação, e na última quarta-feira (3) realizou uma busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília.