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OLÁ,

Prefeitura propõe trajetos novos em linhas e ônibus maiores

Até 2021, cerca de 1 000 coletivos serão retirados de circulação

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 22 dez 2017, 09h02 - Publicado em 22 dez 2017, 09h00
Greve ônibus
A gestão João Doria (PSDB) apresentou nesta quinta-feira (21) sua proposta de reformulação do sistema de transporte da capital e propôs alterar os trajetos de 43% das linhas de ônibus da cidade São Paulo (Reprodução/Veja SP)
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A gestão João Doria (PSDB) apresentou nesta quinta-feira (21) sua proposta de reformulação do sistema de transporte da capital e propôs alterar os trajetos de 43% das linhas de ônibus da cidade São Paulo. Até 2021, cerca de 1 000 coletivos serão retirados de circulação. A ideia é economizar recursos para custear a compra de veículos mais modernos, com ar-condicionado, rede Wi-Fi e câmeras de monitoramento, e ampliar a quantidade de ruas onde passam ônibus na capital.

As mudanças, que devem ser implementadas a partir do fim do ano que vem até 2021, foram detalhadas na abertura da consulta pública do edital de licitação do transporte público da cidade, o que vinha sendo aguardado desde 2013.

A proposta prevê aumento de 22 para 29 empresas prestando o serviço, em três sistemas complementares (ante os atuais sistema local, de micro-ônibus, e estrutural, de coletivos comuns), mas com redução do número total de linhas e de veículos em operação. A reformulação reduz em 2,5% os custos anuais com o transporte, dos atuais 8 bilhões de reais para 7,8 bilhões de reais.

A capital paulista tem hoje 13 603 veículos na frota ativa de ônibus e passará a ter 12 667. Já o total de linhas cairá, em três anos, de 1 336 para 1 187.

A ideia da Prefeitura é “diminuir a sobreposição de linhas, que provoca maior custo”, afirma o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda.

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Segundo ele, há uma série de linhas com trajetos idênticos e a reorganização poderá reduzir os custos de operar o mesmo itinerário por duas empresas. Para diminuir o tempo de espera no ponto, a Prefeitura quer uma programação do número de partidas por hora em cada linha.

Além disso, com um número menor de linhas nos corredores e faixas exclusivas, os coletivos perderiam menos tempo nos congestionamentos, o que compensaria o tempo parado nas baldeações, segundo a SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal em São Paulo). O corte de linhas que se sobrepõem deve provocar um aumento de apenas 4% nas integrações feitas pelos passageiros.

Com a previsão de compra de ônibus novos e maiores, Avelleda diz ainda que o novo sistema terá mais oferta de lugares, mesmo com a redução do número total de coletivos. “A oferta será ampliada do atual 1 milhão de lugares para 1,135 milhão.”

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O edital traz alterações no cálculo dos valores pagos às empresas. Atualmente, a SPTrans decide quanto uma empresa de ônibus vai receber calculando quais são os custos fixos para operar determinada linha com determinado número de partidas por hora. Então, divide esse valor pelo número estimado de passageiros na linha.

Agora, além dos cálculo baseados nos custos, as empresas terão remuneração completa se as pesquisas de satisfação mostrarem aprovação à linha e se os índices de qualidade da companhia estiverem em grau de excelência – como, por exemplo, com menos acidentes. E terão descontos por falhas, como o não cumprimento da hora de partida.

Avelleda destaca ainda que o número de vias atendidas pelos ônibus vai subir. Hoje, os ônibus passam por 4 680 quilômetros de vias. Com a nova proposta percorrerão 5 100 quilômetros.

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Na opinião do professor Claudio Barbieri da Cunha, do Departamento de Transpores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), é possível que, mesmo com integrações, as viagens fiquem mais rápidas para o passageiro. “Há uma superoferta de ônibus no centro”, explica, ao citar a competição entre as linhas.

Cunha alerta, no entanto, que é preciso um planejamento adequado do sistema para as pessoas não ficarem paradas nas conexões.

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