Prefeitura de SP começa a apreender motocicletas de serviço da 99

Administração alega que empresa está desobedecendo um decreto que proíbe o serviço de mototaxista

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 jan 2025, 15h00
Mototáxis da 99 são impedidos de trabalhar em São Paulo
Mototáxis da 99 são impedidos de trabalhar em São Paulo (99/Reprodução)
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A Prefeitura de São Paulo começou a apreender motociclistas que estão fazendo o transporte de passageiros na capital pelo aplicativo da 99 nesta quinta-feira (16). No período da manhã foram recolhidas 12 motociclistas em várias regiões da cidade. 

De acordo com a prefeitura, a empresa está desobedecendo um decreto que proíbe o serviço de mototaxista. A administração afirma que acionou o Consulado da China pedindo providências contra a plataforma, que tem sede naquele país.

A prefeitura informou que vai recorrer de todos os meios judiciais e administrativos para impedir que a 99 continue burlando a legislação municipal e decisão judicial ao fazer transporte clandestino de passageiros por motos na cidade.

Além das blitze, a prefeitura diz que vai ingressar com uma ação judicial pedindo aplicação de multa diária, responsabilização dos representantes da empresa por acidentes, mortes e demais prejuízos, além de dano moral coletivo, de acordo com a administração.

O transporte individual de passageiros remunerado sem autorização do município é clandestino, conforme as leis 15.676/2012 e 16.344/2016 e decreto municipal Decreto 62.144 de 2023.

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Para estabelecer a proibição, a prefeitura se baseou em dados concretos sobre o aumento de sinistros, mortes e lesões com o uso de motocicletas na cidade. O crescimento de acidentes e mortes é proporcional ao da frota, que teve um salto de 35% nos últimos dez anos, passando de 833 mil em 2014 para de 1,3 milhão em 2024. O número de mortes cresceu 22% de janeiro a novembro de 2023, com 350 óbitos, para 427 no mesmo período de 2024, mesmo com a Faixa Azul.

Na quarta-feira (15), a Justiça de São Paulo reconheceu a legislação municipal e manteve a proibição do serviço de mototáxi na cidade .

Por nota, a 99 informou que reforça a legalidade de sua operação “respaldada pela legislação federal e esclarece que vai apoiar os motociclistas parceiros e passageiros com os custos associados às apreensões”.

A empresa informou que, com a suspensão da modalidade, 13 mil novos empregos deixarão de existir, segundo um estudo mensurando o impacto direto e indireto do serviço na cidade feito pela Fundação Getúlio Vargas. Nas primeiras 24 horas do serviço na capital, foram realizadas 10 mil transportes de passageiros pela 99moto.

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