Um posto de gasolina na Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, registrou uma briga nesta quinta-feira (24) por conta da falta de combustível devido a greve dos caminhoneiros que já dura quatro dias em todo o país.
Segundo José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sindicato dos Postos de Gasolina do Estado de São Paulo (Sincopetro), um homem se irritou após enfrentar uma fila para abastecer e o produto acabar na sua vez.
“Aconteceu em um dos meus postos. Havia uma fila enorme e quando chegou a vez dele encher o tanque, pronto. Foi só colocar o bico que já não tinha mais combustível”, diz. “Aí ele começou a brigar comigo, discutiu muito e ainda ameaçou chamar a polícia. Ainda bem que não aconteceu nada mais grave”.
Gouveia relata que outros postos também estão registrando brigas e discussões devido à falta do produto. De acordo com o sindicato, que representa 8 700 postos no estado e 2000 na capital já acabou o etanol enquanto a gasolina ainda é encontrada.
“Estamos trabalhando com possibilidade de ainda ter combustível para dois três dias, apenas isso. A minha vontade era arrumar um caminhão para carregar eu mesmo, mas é muito perigoso fazer isso. A polícia poderia dar cobertura, mas não dá para fazer isso com tudo mundo e aí eles priorizaram a escolta para combustíveis no aeroporto”, diz.
“Entendo a greve dos caminhoneiros, mas não sei dizer se sou a favor porque está prejudicando muita gente. Sei que do jeito que está, não dá para ficar, porque está difícil para eles trabalharem com o preço do diesel desse jeito. É hora de rever a estrutura de todo os combustíveis porque se tem coisa errado na diesel, tem na gasolina também, e quem vai pagar a conta no final?”