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Polícia investiga agressão a carnavalesco da Gaviões da Fiel

Zilckson da Silva Reis foi espancado dentro da quadra por diretor da escola e ficou 28 horas sem atendimento médico

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 mar 2022, 19h12 - Publicado em 30 mar 2022, 17h26
Zilkson
Zilkson já colaborou com o Carnaval da escola de samba Gaviões da Fiel em outros carnavais (Arquivo Pessoal/Reprodução)
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A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a agressão sofrida pelo carnavalesco Zilkson da Silva Reis dentro da quadra da Gaviões da Fiel na manhã de domingo (27). O acusado de cometer o crime é Thiago Dionisio, diretor de Carnaval da escola de samba, segundo revela um áudio entre a advogada de Zilkson, Claudia Vieiralves, e o tesoureiro da agremiação, João Barbosa, ao qual a reportagem da Vejinha teve acesso.

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O artista assina o Carnaval 2022 da escola, denominado Basta! Ele sofreu diversos ferimentos pelo corpo, sobretudo na cabeça, onde surgiram coágulos, e teve a costela quebrada. Após a agressão, que teria ocorrido às 10h do domingo, ele foi deixado em uma poça de sangue dentro do barracão. Ele só foi localizado e tirado de lá perto das 14h por uma integrante da escola que foi até o local para uma reunião.

Zilkson foi levado para um hotel na região e ficou lá até por volta das 15h, quando foi localizado por uma parente que viu seu estado de saúde e o socorreu para a Santa Casa de Misericórdia, onde ele está internado em estado grave. “Ninguém entrou em contato com a família”, afirma a advogada.

O boletim de ocorrência foi registrado no 2º DP (Bom Retiro), no centro. A reportagem pediu à SSP (Secretaria de Segurança Pública) entrevista com a delegada responsável pelo caso, e não houve resposta até a conclusão desse texto.

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Procurada, a Gaviões da Fiel afirmou em nota enviada na noite desta quarta-feira (30) não compactuar com qualquer tipo de violência praticada pelos seus integrantes.

Mais cedo, a agremiação chegou a divulgar duas notas à imprensa e depois voltou atrás em sua versão, dizendo que elas não eram válidas e forneceria informações somente após a autorização do departamento jurídico.

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Uma dessas notas informava que o artista foi agredido após abusar de uma mulher dentro da quadra, o que não foi confirmado à noite. Segundo o áudio entre a advogada e o tesoureiro, Zilkson não negou que teve contato com a mulher, porém, disse que a relação era consensual.

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Apesar da nota, a Gaviões não informou se a mulher registrou boletim de ocorrência contra Zilkson ou não.

A escola de samba e o carnavalesco têm uma relação antiga. Esta é a oitava edição do Carnaval paulistano que o artista colabora com a Gaviões da Fiel em seu desfile.

A agremiação informou em nota que caberá à investigação a apuração dos fatos, já que as versões apresentadas são conflitantes. “Vale lembrar que não havia expediente de trabalho no dia em questão em nosso barracão, portanto não havia motivos para nenhuma pessoa estar no local à serviço da entidade”, informou a empresa, sem precisar o que o carnavalesco e o diretor acusado das agressões faziam ali.

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Repercussão

Inicialmente a agressão sofrida por Zilkson, que é amazonense, teve muito mais repercussão em seu estado natal do que no restante do país. Ele é colaborador do Boi Garantido, que participa do famoso festival folclórico de Parintins, onde ele nasceu.

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A importância do artista é tamanha para a sua terra natal que, além do Boi Garantido, ele recebeu solidariedade do Boi Caprichoso, o rival do Garantido.

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