A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (16) o retrato falado de dois homens suspeitos de atacarem passageiras do metrô com seringas. De acordo com as investigações, suas feições foram descritas por vítimas atingidas nas estações Paraíso e Tamanduateí do metrô.
Nesta quarta-feira (14), nova vítima foi às redes sociais dar seu depoimento. Em sua página no Facebook, Sami Fernandes disse que estava na estação Sé do metrô indo para a faculdade quando sentiu uma picada na região da lombar. Ela contou que parou na estação Liberdade, percebeu que estava sangrando e correu para o hospital. “Como se não bastasse uma barbaridade dessa, o médico me disse que era a nona que aparecia hoje (14/09) e que esses loucos têm um padrão para atacar: meninas magras, baixas e que aparentam ser frágeis”, escreveu.
+Polícia investiga mais um caso de ataque com seringa
Os ataques com agulhas nas estações de metrô começaram a ser noticiados em junho, quando o Instituto de Infectologia Emílio Ribas confirmou o atendimento à médica radiologista Solange Ayala. Ela disse que caminhava com uma amiga, também médica, pela Avenida Paulista quando foi atacada por uma picada.
Em agosto, outra vítima, a escritora argentina Ivana Fabiani, de 48 anos, procurou serviço médico após desconfiar de que a picada que sentiu dois meses antes, quando estava próximo à estação Consolação, na Avenida Paulista, não foi uma picada de abelha, conforme havia pensado. Ela tomou a atitude após reconhecer o retrato falado divulgado pela polícia do suspeito de praticar os ataques.
O homem, apontado como morador de rua pela polícia, foi detido na carceragem do 77º DP após ter sido flagrado carregando uma seringa no bolso no entorno da Avenida Paulista.