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Morador de rua carregou sacos de entulho e não corpo, diz polícia

João Jerônimo, de 29 anos, era procurado por roubo e continua preso, mas não é mais suspeito no caso de esquartejamento; vídeo com três mulheres, duas delas carregando carrinhos, reforça tese de participação de amante

Por Silas Colombo
Atualizado em 5 dez 2016, 14h55 - Publicado em 8 abr 2014, 14h19
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  • A Polícia Civil descartou a participação do morador de rua João Eduardo Jerônimo, de 29 anos, no esquartejamento do corpo cujas partes foram encontradas em Higienópolis e na Sé.

    Ele foi preso na última sexta-feira (4), um dia depois de seu retrato falado ter sido divulgado pelos investigadores. No depoimento, quando estava sob efeito de drogas, confirmou que havia recebido 30 reais para espalhar sacos de lixo com conteúdo desconhecido. “Em nova conversa, porém, ele disse que se tratava apenas de sacos de entulho”, afirma o delegado Itagiba Franco.

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    Jerônimo continua preso, pois era procurado por roubo. Ele havia sido apontado como suspeito do esquartejamento depois de imagens de câmeras de segurança da região central mostrarem que carregava um carrinho de feira semelhante ao encontrado perto das partes do corpo.

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    Porém, outras cenas, captadas em pontos diferentes, mostraram que ele seguiu caminhando com o objeto na manhã de domingo, 23 de março, por vias distantes dos pontos onde as partes foram encontradas.

    Além disso, um vídeo que mostra três mulheres (duas carregando carrinhos de feira e a terceira um saco escuro), na madrugada do mesmo domingo, reforça a principal tese para o caso. Para a polícia, a vítima é o motorista Álvaro Pedroso, de 55 anos, um homem casado, que pode ter sido morto por uma mulher que era sua amante havia tempos. Mas os peritos ainda aguardam o resultado do teste de DNA realizado no Instituto de Criminalística (IC) com parentes de Pedroso.

    O caso

    Por volta das 9h do dia 23 de março, um catador de papel encontrou em um saco de lixo duas pernas e dois braços humanos decepados. A sacola estava na esquina da Rua Sergipe com a Rua Sabará, em Higienópolis, em frente ao Cemitério da Consolação. Assustado, ele pediu a ajuda de um comerciante, que chamou a polícia.

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    Mais tarde, por volta do meio-dia, um tronco foi achado na região, na esquina da Rua Mato Grosso com a Rua Coronel José Eusébio. Os policiais também encontraram nas sacolas plásticas um vestido.

    As pontas dos dedos e parte da pele do tórax foram arrancadas para dificultar o trabalho da perícia.

    Na manhã do dia 27 de março, Policiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) encontraram uma cabeça dentro de um saco plástico na Praça da Sé, no centro. Os agentes foram alertados por um pedestre que reparou uma grande concentração de moscas no local. No mesmo dia, peritos confirmaram que a cabeça pertencia ao corpo desaparecido em Higienópolis.

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