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Polícia acaba com o “feirão” de drogas em ação na Cracolândia

O prefeito João Doria anunciou também o fim do programa Braços Abertos, uma de suas promessas de campanha

Por Adriana Farias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 Maio 2017, 12h05 - Publicado em 21 Maio 2017, 10h49
O "feirão" das drogas: barracas destruídas (Adriana Farias/Veja SP)
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Na manhã deste domingo, 21, a Polícia Civil iniciou uma grande operação para tentar desmantelar o tráfico de drogas na Cracolândia. Cerca de 500 agentes de segurança estão envolvidos na ação. Uma bomba foi usada para abrir espaço na zona de concentração de viciados e as barracas onde ocorria o “feirão” de drogas, sob o comando do PCC, acabaram sendo desmanteladas. Segundo a polícia, 38 pessoas foram detidas, além da apreensão de drogas, armas (incluindo três fuzis) e balanças de precisão. Os dependentes se dispersaram dali e reagiram promovendo saques e arrastões nas vizinhanças.

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Bloqueio policial: 500 agentes usados na operação (Adriana Farias/Veja SP)

O governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria foram conferir de perto o andamento da operação. Antes de chegar à Cracolândia, Doria anunciou que está cumprindo hoje uma de suas promessas de campanha: o fim do programa Braços Abertos. Um dos carros-chefes da gestão do antecessor Fernando Haddad, o Braços Abertos era baseado na redução de danos. Na operação de hoje na Cracolândia, Doria recebeu aplausos de alguns seguranças particulares, mas ouviu também pessoas gritando contra a “higienização” do local.

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Cenário após a ocupação: viciados promoveram saques e arrastões na área (Adriana Farias/Veja SP)

Na época de Haddad, os viciados recebiam pagamento em troca de serviços como o de varrição. Hotéis das redondezas foram cadastrados pela prefeitura para servir de abrigos. Na prática, porém, a desorganização e falta de fiscalização prejudicaram a ideia. Não havia controle sobre o trabalho dos viciados (muitos só apareciam no dia do pagamento) e os hotéis tinham condições insalubres para a moradia.

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No lugar do Braços Abertos, Doria quer implantar o programa Redenção. Prédios em más condições estão sendo demolidos por máquinas com logos do programa Cidade Linda e os usurários serão encaminhados para internação. “Vamos fazer uma grande trabalho de reurbanização na área os usuários qe quiserem serão encaminhados para tratamento”, prometeu o prefeito. “Os moradores de rua irão para centros de acolhimento. A GCM vai ficar instalada aqui e ninguém mais vai ocupar esse espaco para traficar ou usar drogas”, completou.

 

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