Dois policiais militares se tornaram reús pela morte de um homem durante a Operação Escudo, que aconteceu na Baixada Santista de julho até setembro. A denúncia foi feita por promotores de Justiça do Tribunal do Júri do Guarujá (SP) e do Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública), do Ministério Público de São Paulo, nesta terça-feira (19), e aceita pela Justiça.
Os dois PMs são réus pela morte do mesmo homem. As informações são da Folha.
Segundo o MP, a denúncia foi feita após a análise das imagens das câmeras corporais, de depoimentos de testemunhas, de ouvir a versão dos agentes e confrontar todos esses dados com os laudos periciais produzidos no curso da investigação.
Essa é a primeira denúncia envolvendo a Operação Escudo.
Entidades de direitos humanos afirmaram que ela provocou “violações gravíssimas“, já que foi a ação mais letal da Polícia Militar paulista desde o Massacre do Carandiru, em 1992.
Relembre o caso
A Operação Escudo foi uma reação da PM à morte do soldado Patrick Bastos Reis, pertencente a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Ele foi baleado e morto no Guarujá, em 27 de julho. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele foi atingido enquanto fazia patrulhamento em uma comunidade.
A ação teve início no dia 28 de julho, foi encerrada em 5 de setembro, prendeu 958 pessoas e deixou 28 mortos no litoral paulista.