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PM pede prisão de policiais envolvidos em morte de pichadores

Agentes dizem ter trocado tiros com Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Aílton dos Santos, de 33, em condomínio na Mooca; corregedoria investiga o caso

Por Redação VEJA SÃOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 14h13 - Publicado em 6 ago 2014, 20h38

A Polícia Militar de São Paulo pediu a prisão temporária dos quatro policiais envolvidos na morte de dois pichadores na Zona Leste na semana passada. A medida foi informada na tarde desta quarta-feira (6) pela Corregedoria da PM.

Os agentes – um tenente, um sargento e dois cabos – já estão detidos na corregedoria, onde devem permanecer por cinco dias até que saia a decisão judicial sobre a prisão temporária. O caso vai ser julgado pela Justiça Militar. Cada um desses policiais já matou duas pessoas em outras ocorrências da cidade.

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O tenente-coronel Marcelino Fernandes, da corregedoria, afirmou que, neste ano, 204 PMs já foram expulsos da corporação – em 2013, 360 deixaram o quadro da segurança pública. 

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Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Aílton dos Santos, de 33, foram mortos no dia 31 de julho dentro de um condomínio na Mooca. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, no boletim de ocorrência ficou registrado que os dois foram atingidos depois de trocarem tiros com policiais militares.

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Familiares e amigos, no entanto, contestam a versão oficial. Afirmam que os dois eram pichadores e que foram executados. A investigação do caso está sendo feita pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Corregedoria da PM também apura os fatos. Segundo o tentente-coronel, os agentes mantêm suas versões. 

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O caso

Segundo a polícia, por volta das 18 horas, a dupla entrou no condomínio após o porteiro confundi-los com moradores. Eles pegaram o elevador até o 17º andar e subiram mais dois lances de escada até o 19º. O zelador do edifício, que mora no local, percebeu a movimentação. Quando ele perguntou o que faziam no prédio, eles teriam dito que estavam realizando a manutenção do elevador. Desconfiado, o funcionário foi até a portaria e chamou a polícia.

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No boletim de ocorrência foi registrado que Alex estava na cozinha com um revólver calibre 38. Segundo os PMs, ao vê-los, ele teria disparado, acertando o braço de um dos policiais. Ainda de acordo com a versão registrada no boletim de ocorrência, Aílton estaria no quarto com uma pistola 380 e também atirou contra os policiais, que revidaram. Os dois morreram no local.

Em entrevista ao SPTV, a mulher de Alex, Eliete dos Santos, disse que o marido foi assassinado. “Foi a polícia que matou ele. Só isso que posso falar. E eu quero Justiça.” Em seu perfil no Facebook, Alex postava diversas imagens de prédios pichados. Ele seria integrante de um grupo conhecido na região do ABC. Na rede social, uma prima dele disse que Alex “nunca teve arma, nunca matou nem feriu ninguém, todo mundo sabe, e é evidente, que o que ele fazia era pichar”.

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