Em três dias, a página criada no Facebook pela família de Victor Hugo Santos, que desapareceu em uma festa da USP na semana passada, recebeu mais de 100 informações que podem ajudar a esclarecer a morte do jovem de 20 anos. De acordo com o advogado Ademar Gomes, que acompanha o caso, cada uma das pistas está sendo analisada por uma equipe de investigadores. “Até agora não sabemos se são verdadeiras”, afirma.
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Na sexta-feira (26), uma semana após o desaparecimento do estudante de design, a família e o advogado anunciaram a criação de um perfil para receber denúncias. A recompensa de 10 000 reais foi oferecida por informações precisas que ajudem a esclarecer o que causou a morte de Victor Hugo. “Eu quero uma resposta, quero saber o que aconteceu. A dor que estamos sentindo é como um faca no peito que não mata, mas machuca muito. Ceifaram a vida do meu filho”, disse na ocasião o pai José Marques dos Santos, 55 anos.
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O jovem estava em uma festa no velódromo da USP na sexta-feira (19) quando disse a amigos que iria buscar uma cerveja e sumiu. Na manhã da última terça-feira (23), o corpo foi encontrado na raia da universidade. A causa da morte ainda está sendo investigada e a polícia espera os resultados de exames toxicológicos e citológicos. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com o advogado Ademar Gomes, a família pretende entrar com um processo civil contra a empresa de segurança, o Grêmio Politécnico (responsável pela festa) e a USP. Ele acredita que os três possam também ser responsabilizados por omissão.
Após o sumiço de Victor Hugo, a direção da Escola Politécnica da USP proibiu a realização de qualquer festa dentro da faculdade por tempo indeterminado. “Essa medida mostrou que a morte do Victor Hugo não foi em vão”, afirmou a mãe, a podóloga Vilma Costa e Santos, de 56 anos.