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Polícia Federal busca ‘prefeita ostentação’ suspeita de desvios no Maranhão

Lidiane Rocha (PP-MA), de 25 anos, administra a cidade de Bom Jardim, que fica a 275 quilômetros da capital São Luís

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h09 - Publicado em 21 ago 2015, 20h51
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  • A Polícia Federal do Maranhão procura a prefeita Lidiane Rocha (PP-MA), da cidade de Bom Jardim, a 275 quilômetros da capital São Luís, suspeita de fraudes em licitação e desvio em recursos de merenda escolar. A Justiça expediu mandado de prisão preventiva contra Lidiane.

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    Aos 25 anos, Lidiane é vaidosa e exibe nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão para uma cidade de 40 000 habitantes e à beira da miséria, com um dos menores índices de Desenvolvimento Humano do Brasil.

    Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que, conforme seu registro na Justiça eleitoral, candidatou-se pela coligação ‘A esperança do povo’. Seu nome verdadeiro é Lidiane Leite da Silva. Na Justiça Eleitoral, ela é Lidiane Rocha.

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    Na última quinta (20), foram presos dois ex-secretários de Lidiane – Antônio Gomes da Silva (Agricultura) e Humberto Dantas dos Santos (Coordenação Política), que também é ex-namorado da prefeita.

    Segundo o delegado da PF Ronildo da Silveira, responsável pelo inquérito que investiga o caso, os agentes federais no Aeroporto de São Luís estão de sobreaviso para evitar que a prefeita tente fugir do estado. “Policiais federais estão atrás dela, empenhados no recebimento das informações (sobre a prefeita). Hoje é considerada foragida”, afirma o delgado federal.

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    O delegado suspeita que toda a licitação de merenda escolar tenha sido fraudada em torno de 900 000 a 1 milhão de reais. Ele ainda diz ter certeza de que 300 000 reais, parceladamente, foram desviados no contrato. O valor corresponderia ao que seria pago da licitação a agricultores locais.

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    “Na hora de pagar os agricultores, o ex-namorado ia ao banco e sacava o dinheiro em conjunto com agricultores. Pegava o dinheiro e deixava migalha com eles, muito pouco, para mantê-los calados”, explica o delegado.O federal conta que as investigações começaram após agricultores afirmarem que recebiam dinheiro, mas não forneciam nenhum alimento para a escola. Chamou a atenção da PF, ainda, a vida que a prefeita ostentava em uma rede social.

    “Muitas viagens, (Lidiane) colocava na internet que estava na hora de comprar um carro melhor, veículo de luxo, vivia em festa, fazendo cirurgia plástica”, relata o delegado.

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