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Perícia conclui que incêndio na Cinemateca, em São Paulo, foi acidental

Chamas começaram após problemas na limpeza da tubulação do sistema de ar-condicionado, diz conclusão

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jul 2022, 12h12 - Publicado em 11 jul 2022, 12h11
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  • A Polícia Federal concluiu as investigações sobre as causas do incêndio que atingiu o prédio da Cinemateca, na Vila Leopoldina, em São Paulo, em julho de 2021. Segundo a perícia, o incêndio começou depois de problemas na limpeza da tubulação do sistema de ar-condicionado.

    “Segundo o laudo da PF os peritos consideraram a causa do incêndio como acidental, durante a manutenção do sistema de climatização realizado por empresa terceirizada”, informou a Secretaria Especial de Cultura, em nota.

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    O Fantástico, da TV Globo, mostrou detalhes do ocorrido em reportagem exibida no domingo (10). De acordo com o noticiário, houve limpeza da tubulação do sistema de ar-condicionado e, no dia exato do incêndio, técnicos trabalharam em uma condensadora na laje do galpão.

    Para a limpeza do encanamento, os técnicos usaram uma solda para abrir buracos e injetar o formiato de metila, um líquido que evapora muito facilmente a 32ºC e é altamente inflamável.

    Segundo a perícia, não houve a limpeza correta do produto. Quando os técnicos terminaram o trabalho, soldaram os buracos abertos, colocando uma fonte de calor intensa na tubulação que ainda tinha o formiato de metila.

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    Um vazamento nos tubos de ar-condicionado, de acordo com a conclusão da perícia, pode ter formado uma poça de formiato de metila, o que teria dado início ao fogo. Ainda segundo a perícia, não havia um sistema de detecção de incêndio no lugar, o que pode ter contribuído para a propagação das chamas.

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    A Cinemateca era gerida pela secretaria especial de Cultura, do Governo Federal, na época do ocorrido. O órgão contratou a empresa Chilleer para a limpeza do ar-condicionado. À reportagem da Globo, a companhia negou que usou solda no início no incêndio.

    A Chilleer diz que era “final do expediente e os técnicos estavam se preparando pra ir embora” e que “redobrou a atenção nas manutenções realizadas na cinemateca”, além de que “o risco de incêndio em razão da precariedade nos sistemas de climatização e ausência de manutenção nos sistemas elétricos foi informado antes da execução dos serviços”.

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    A Secretaria Especial da Cultura disse que “avalia medidas administrativas/judiciais no sentido de apurar responsabilidades com vistas a recomposição ao dano ao patrimônio público.”

    O fogo consumiu roteiros, cópias de filmes e equipamentos antigos do audiovisual brasileiro.

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