Por influência de um primo, o cearense Lucivaldo Pereira da Silva conseguiu seu primeiro emprego ao chegar a São Paulo, aos 18 anos, em 1981. Tornou-se ajudante de garçom em um restaurante francês, mas seu interesse mesmo era o balcão do bar. Não demorou para o jovem decidir fazer o curso da Associação Brasileira de Barmen (ABB) e decolar na profissão. Pereira, como é conhecido, passou pelos extintos Roma Jardins e Flag, além do Bar des Arts e de O Leopolldo. Em seguida, foi convocado para engrossar a equipe do Astor, casa na qual trabalha desde a inauguração, em 2001. Apesar de o chope dominar as atenções ali, seu dry martini, seu bloody mary e seus outros drinques clássicos conquistaram a clientela. Neste ano, encarou o grande desafio de chefiar o balcão do SubAstor (dentro do Astor), bar revelação da temporada e com cardápio focado em coquetéis. Diariamente, Pereira executa uma porção deles, a exemplo do leve e curioso cucumber (vodca e purê de pepino; R$ 17,00) e do white lady (R$ 21,00), refrescante combinação de gim, suco de limão-siciliano, xarope de açúcar e clara de ovo. Sempre de paletó e gravata, o profissional de 46 anos coleciona histórias engraçadas, entre elas a de clientes que, já alegrinhos, pagam a conta, esquecem e insistem em pagar de novo. Quer saber outras? Acomode-se no balcão e puxe papo com esse simpático barman de voz mansa.
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