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OLÁ,

Paulistanos transformam carrinhos de rolimã em negócio lucrativo

Além de produzir e vender os brinquedos, eles criaram eventos que já reuniram mais de 200 000 pessoas, o último deles com a banda Blitz

Por Clayton Freitas
Atualizado em 1 set 2023, 09h49 - Publicado em 1 set 2023, 06h00
Imagem mostra dois adultos em cima de carrinhos de rolimã com os braços leventados
Sócios: Márcio (esq.) e Alexandre (dir.) dirigem a Mulek de Rua, empresa que tem vários negócios ligados aos carrinhos de rolimã e brinquedos de épocas passadas (ALEXANDRE BATTIBUGLI/Veja SP)
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Há cinco anos, dois paulistanos criaram uma empresa em torno do carrinho de rolimã e, além de produzir e vender o objeto, eles realizam eventos abertos que oferecem passeios gratuitos no brinquedo e que já atraíram 200 000 pessoas. O maior foi no último dia 20 de agosto, quando a banda Blitz tocou no encerramento de um desses encontros, denominados de Rolimã Fest, em um show com mais de 10 000 pessoas em uma rua na Mooca (Zona Leste) que arrecadou duas toneladas de alimentos. Eles dizem que não vão parar por aí e prometem tirar do baú dos anos 1980 outras bandas de rock para as próximas edições.

foto mostra cantores em cima de um palco tocando uma música
Blitz: banda foi estrela de evento que reuniu adeptos dos carrinhos (Fernando Dias/Mulek de Rua/Divulgação/Reprodução)

O que hoje é profissão e emprega indiretamente quase trinta pessoas nasceu em 2014, quando uma das filhas do empresário Márcio Fernandes Ferri, 49, teve como missão de um trabalho de escola saber quais eram as brincadeiras prediletas do pai quando criança. Ao consultar o avô, o senhor Mario, descobriu que a versão criança de Márcio gostava de se aventurar pelas ladeiras da Mooca nos tais carrinhos de rolimã. Para ajudar a neta, o avô construiu o brinquedo, que além de ser levado para a escola dela, ficou pendurado num brechó que Márcio e seu sócio, Alexandre Seiji Koga, 47, tinham à época. “Muitas pessoas entravam para ver o carrinho e conversar e contar suas histórias”, diz Márcio. Eles só perceberam que o brinquedo poderia ser lucrativo quando produziram quinze exemplares e venderam todos. Em 2017, venderam o brechó e fundaram a Mulek de Rua, que, além dos carrinhos, produz e vende outros brinquedos analógicos, como pião, ioiô e pipa. Só de carrinhos de rolimã hoje são 1 000 ao mês, com preços de 320 a 370 reais cada um, vendidos na loja no bairro do Ipiranga e pelo site. O brinquedo também virou estrela em eventos corporativos, festas temáticas e em escolas.

carrinho de rolimã dentro de uma redoma de vidro
Homenagem: renda dos 25 carrinhos honrando o piloto Ayrton Senna foram revertidas ao instituto que leva o seu nome (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Publicado em VEJA São Paulo de 1º de setembro de 2023, edição nº 2857

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