Paribar é inaugurado no centro da cidade
Local é homenagem ao famoso bar que funcionou entre 1942 e 1983, com cadeiras de vime na varanda, alinhadas sob um toldo verde e branco
Numa crônica escrita em 1998 para VEJA SÃO PAULO, o escritor Marcos Rey (1925-1999) recordava: “O Paribar, atrás da Biblioteca Pública Municipal, foi um dos nossos bares mais frequentados. Cheguei a acreditá-lo eterno, um postal da cidade. Lá se servia de tudo, até o papo inteligente de Sérgio Milliet, então o mais refinado dos intelectuais paulistas. Era delicioso sentar-se no Paribar e ver o povo passar”. Quando assumiu o número 42 da Praça Dom José Gaspar e fez dele um restaurante, o paulistano Luiz Campiglia não conhecia o ilustre passado do imóvel. “De tantas histórias ouvidas de ex-frequentadores, decidi pesquisar sobre o lugar, que funcionou entre 1942 e 1983”, conta. No início do mês passado, Campiglia inaugurou o novo Paribar, mas sem a pretensão de ressuscitá-lo. “Quis homenageá-lo”, diz.
Uma alusão ao histórico endereço são as cadeiras de vime na varanda, alinhadas sob um toldo verde e branco. O salão, charmoso, inspira-se no estilo dos anos 50. Há, porém, um inconveniente: a indigesta música ao vivo em algumas noites. As bebidas agradam mais que os petiscos (bolachas de provolone desidratado, R$ 12,20). O barman Kascão (ex-Dry) executa bem os clássicos, caso do dry martini (R$ 15,70) e sua versão míni (R$ 12,00), e drinques como o mojito incrementado com morango (R$ 11,20). Já o kasato maru (saquê, xarope de chá-verde, suco de limão e raiz-forte; R$ 16,90) tem paladar monótono, neutro, apesar da variedade de ingredientes. Por causa da Virada Cultural, o bar permanece aberto das 11 e meia deste sábado (15) até as 18 horas do domingo (16).
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