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OLÁ,

Teatro para aplaudir de segunda a quinta

Confira uma seleção de quatro peças para curtir depois do trabalho

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 1 jun 2017, 18h19 - Publicado em 3 mar 2012, 00h50
Valsa nº 6
Valsa nº 6 (Alê Cabral/)
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Quando o espetáculo é bom, vale a pena esquecer a tradição de aproveitar a peça somente nos finais de semana. Veja abaixo uma seleção para sair da rotina:

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SEGUNDA-FEIRA: “CINE CAMALEÃO — A BOCA DO LIXO”, de Paulo Faria.

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Drama. Entre as décadas de 60 e 80, a região central batizada de Boca do Lixo reuniu as principais produtoras de cinema de São Paulo. A Cia. Pessoal do Faroeste reconstitui essa história. Mel Lisboa interpreta uma cantora que decide financiar um filme desde que protagonize uma cena de sexo explícito e chama Tony Reis (papel de Roberto Leite) para tocar a produção. Frustrado por não realizar filmes de arte e depender da pornochanchada, ele topa, mas tenta tirar proveito da situação. A irônica dramaturgia costura bem a metalinguagem, representada ali por projeções do filme que desenrola a trama. Direção do autor (70min). 16 anos. Estreou em 15/10/2011. Avaliação ✪✪✪

TERÇA-FEIRA: “VALSA Nº 6”, de Nelson Rodrigues.

Monólogo dramático. O único solo do dramaturgo traz Sônia, garota de 15 anos morta com uma facada. Dirigida por Marco Antônio Braz, Lívia Ziotti se sai bem na pele da personagem que, em uma reflexão profunda, tenta reconstituir sua vida e entender como morreu. A sacada, no entanto, é colocar no palco o próprio Nelson Rodrigues (interpretado pelo ator Rodrigo Fregnan), que interfere na encenação lendo as rubricas para o texto e dirigindo a personagem (50min). 14 anos. Estreou em 12/11/2011. Avaliação ✪✪✪

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QUARTA-FEIRA: “COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA”, adaptação de Roberto Alvim para conto de Franz Kafka (1883-1924)

Comunicação a uma Academia
Comunicação a uma Academia ()

Monólogo dramático. Transposto ao palco, o texto escrito pelo autor checo em 1917 traz Juliana Galdino em uma impressionante interpretação que lhe valeu uma indicação ao Prêmio Shell entregue em 2010. Em um ano concorrido, ela perdeu para Fernanda Montenegro (pelo espetáculo “Viver Sem Tempos Mortos”), mas conquistou o público que a assiste em sucessivas temporadas. Apoiada pela ótima história e suas ironias sobre o tênue limite entre humanos e animais, a atriz se transfigura — de macaco se torna homem. Direção do adaptador (60min). 16 anos. Estreou em 4/3/2009. Avaliação ✪✪✪

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QUINTA-FEIRA: “O LIBERTINO”, adaptação e direção de Jô Soares para peça de Eric-Emmanuel Schmitt

O Libertino
O Libertino ()

Conduta moral, ética, sexo e relações de poder são os temas da comédia criada com base em outra faceta do filósofo Denis Diderot (1713-1784), a de um mulherengo. Cassio Scapin vive o protagonista, que entra em conflito com sua mulher (Tânia Castello), uma amante (Luciana Carnieli) e uma jovem (Luiza Lemmertz) amiga de sua filha. Em meio ao afinado elenco, o destaque vai para Érica Montanheiro, como a filha de Diderot. Com Daniel Warren (90min). 16 anos. Estreou em 13/10/2011. Avaliação ✪✪✪ 

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