O aposentado Manuel Silva, 76 anos, pai do dentista Wellinton Silva, 39 anos, morto em ataque de pichadores no último dia 9 no bairro do Jaraguá, na Zona Norte, teve o braço amputado no sábado (20) e está internado na UTI do Hospital das Clínicas. Segundo o sobrinho Anderson Brandão, de 32 anos, seu estado é grave. “A luta agora é pela vida”, disse ao site de Veja São Paulo.
O aposentado foi agredido após tirar satisfação com grupo que havia acabado de pichar o muro de sua casa. Wellinton saiu de casa atrás do pai e também foi espancado; ele não resistiu e morreu no hospital.
A Polícia Civil identificou cinco envolvidos no crime, mas apenas dois foram presos até o momento; os demais estão foragidos. Entre os detidos, estão Adolpho Gabriel de Souza, de 38 anos, apontado pela polícia como dono do carro que estacionou em frente à casa do dentista com os cinco pichadores, e Marivone Pereira da Silva, namorada de Adilson Nascimento dos Santos; os dois participaram do espancamento, segundo a polícia.
Os três foragidos são Lucas Rafael de Siqueira Nunes, Aluísio Denis Pires da Silva e Adilson Nascimento dos Santos, que tem passagem por homicídio.
Investigação paralela
O primo do dentista assassinado, o analista de sistemas Anderson Brandão, 32 anos, fez uma investigação paralela para identificar os autores do crime. Ele conta que usou a internet para identificar o traço dos pichadores e chegou à página no Facebook onde o grupo reunia fotos de muros pichados pela cidade com a palavra “Consys”, a forma como o grupo é conhecido. A mesma palavra foi pichada com tinta verde na casa da família.
Na página, Brandão disse que identificou os homens que aparecem nas imagens de segurança. “Eles usam apelidos para assinar a pichação e através disso eu consegui encontrá-los”, disse Brandão, que entregou o material à polícia. Um deles, diz o analista, mora em rua próxima ao local do crime.
O primo disse que a polícia chegou a intimar um dos indentificados pela página do Facebook. Vanderson Araújo, vulgo THC, foi abordado em casa pelos policiais com as mãos sujas de tinta verde no domingo (10), levado à delegacia, mas liberado por falta de provas, segundo Brandão.
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