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Os planos do Metrô e da CPTM para transformar a estação Barra Funda

Projeto de ampla reforma inclui criação de torres de 96 000 metros quadrados de área construída, repaginação de toda estrutura e vias do entorno

Por Clayton Freitas
21 out 2022, 06h47
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  • Um grande projeto prevê revitalizar toda a área da estação Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, e ainda criar polos de comércio, entre eles 9 000 metros quadrados para lojas dentro da estrutura já existente e duas novas torres de uso misto que juntas somarão 96 000 metros quadrados de área construída, mais do que o dobro do tamanho do shopping vizinho, o West Plaza, na Água Branca. As mudanças, que incluem a concessão do terminal, estão descritas num documento de mais de 100 páginas elaborado pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e que está disponível para consulta pública até o fim deste mês. Ele prevê uma série de intervenções no próprio terminal, mudando desde a forma de acessar o complexo até rearranjo dos bloqueios. A ideia também é criar rampas de acesso e construir mezaninos. As torres ficarão na área externa e serão de uso misto (hotel, comercial e de serviços), com estacionamento de dois pavimentos subterrâneos.

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    “O projeto que a gente pretende fazer é para mudar a história da estação Barra Funda e da região e de todo o entorno”, afirma Maria Eugenia Ferragut, assessora da diretoria comercial do Metrô, a área que está à frente do projeto. “É uma estação antiga, por onde circulam cerca de 300 000 passageiros (só Metrô e CPTM) por dia, e eu acho que faz todo o sentido em pensar em modernizar e transformar numa estação que faça história na cidade de São Paulo”, complementa.

    O texto prevê, além de repaginar a estrutura do terminal e criar novas edificações, várias alterações de ruas do entorno, de modo a facilitar o acesso para quem vai a pé até o terminal. “Para o pedestre, as condições são muito precárias”, afirma Luiz Antonio Cortez, gerente de planejamento do Metrô.

    A melhoria na acessibilidade inclui a criação de algumas novas vias, entre elas a que conectará o Parque da Água Branca até o terminal; e outra, entre a Avenida Francisco Matarazzo e a Avenida Mário de Andrade, cruzando a Rua Tagipuru. O plano engloba ainda a recuperação paisagística e a ampliação das áreas de circulação da praça do Memorial da América Latina, na saída sul do terminal da Barra Funda, e alargamento de calçadas, entre elas a da Avenida Mário de Andrade, no lado oposto da linha do metrô; e na Rua Tagipuru. A reconfiguração de vias para acessos dos ônibus municipais e rodoviários também está nos planos, bem como a criação de uma praça no final da Rua Doutor Quirino dos Santos.

    Projeto mostra como ficará estrutura e entorno da estação Barra Funda se projeto for adiante
    Projeto mostra como ficará estrutura e entorno da estação Barra Funda se projeto for adiante (Divulgação/Divulgação)
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    Essas mudanças, porém, ainda não têm prazo para saírem do papel. As duas empresas do governo paulista firmaram um convênio com a SP Urbanismo, da prefeitura de São Paulo, que é a responsável por desenvolver ações para o planejamento e desenvolvimento urbano na capital. O objetivo foi debater a proposta em consulta pública. Todas as contribuições recebidas até o fim do mês serão analisadas e poderão ou não ser integradas a um eventual conjunto de intervenções.

    Nos planos das empresas, todo o valor do investimento e ainda não dimensionado não virá dos cofres públicos. “Em vez de usar recursos públicos, que o empreendedor privado faça os investimentos necessários tanto na edificação quanto no entorno”, diz Cortez.

    Independentemente de quem bancará a conta, a estação Barra Funda, já saturada, ganhará nos próximos anos uma nova demanda de passageiros gerada a partir do momento que as linhas 13-Jade e 11-Coral, ambas da CPTM, fizerem ponto final no terminal. Ao custo de 158 milhões de reais, as obras tiveram início em setembro de 2021 e têm prazo de 36 meses para conclusão. Além disso, a estação deve ser o ponto inicial do futuro trem Intercidades, cuja licitação deve ser lançada em 2023.

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