Um homem foi preso na manhã desta sexta-feira (25) nas imediações da praça Princesa Isabel, no centro da capital, no que está sendo chamada popularmente como a “nova Cracolândia”. Foram cumpridos ainda cinco mandados de busca e apreensão nas imediações.
+Cracolândia esvazia e usuários de drogas lotam praça Princesa Isabel
Desde o último final de semana, alguns vendedores de crack e cerca de 200 dependentes químicos que perambulavam em busca de crack pelas rua Helvétia, Dino Bueno e praça Júlio Prestes, onde funcionava a Cracolândia, se mudaram para a praça Princesa Isabel. O restante (400) dos cerca de 600 usuários de drogas que formavam o chamado “fluxo” se mudaram para outros locais.
Reportagem publicada pela Vejinha na última terça-feira (22) mostrou que entre os dias 18 e 19 deste mês (sexta-feira e sábado passados) o vai e vem dos usuários na região simplesmente desapareceu. Comerciantes, moradores, dependentes químicos e até policiais disseram que a mudança de local se deve a um “salve geral” (ordem do tráfico) para que todos deixassem o local, informação que foi rechaçada pelo governo estadual.
+Em nova fase, Butantan terá fábrica de R$ 300 milhões e Parque da Ciência
A ação desta sexta-feira envolveu policiais que atuam em delegacias do centro e foi um desdobramento da Operação Caronte, que tem como finalidade o combate ao tráfico de drogas na região central.
O principal alvo das atividades de hoje era prender um homem tido pela polícia como o principal responsável pelo tráfico na região. Ele não teve o seu nome revelado e nem foi informado se alguma quantidade de droga foi apreendida.
Confira abaixo o vídeo do momento em que ele é preso
Agentes que participaram da operação desta sexta-feira afirmaram que a tática é a de identificar os maiores traficantes primeiro, até chegar aqueles que fazem a droga chegar às mãos dos dependentes químicos, tal como foi feito durante os últimos nove meses para dispersar o fluxo da Praça Júlio Prestes, Helvétia, Dino Bueno e Cleveland.
Uma das principais armas dos agentes é a de realizar filmagens dos traficantes, o que embasou grande parte das 93 prisões de pessoas suspeitas de tráfico até agora. Além da acusação de tráfico, eles permanecem detidos pelo enquadramento de participarem de organização criminosa.