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ONG orienta pessoas para lidar com pacientes com câncer de mama

A Unaccam, criada pela enfermeira Ermantina Ramos, também oferece exames gratuitos

Por Adriana Farias
Atualizado em 24 Maio 2024, 11h48 - Publicado em 10 set 2016, 00h00
Ermantina Ramos - Unaccam - Câncer de Mama
Ermantina Ramos - Unaccam - Câncer de Mama (Rogério Albuquerque/)
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Quando a enfermeira Ermantina Ramos tinha 6 anos, perdeu sua mãe, que faleceu devido a um câncer no fígado e no estômago, aos 31. A experiência traumática deixou tantas marcas que ela prometeu a si mesma que um dia ajudaria pessoas na mesma situação. Da adolescência à fase adulta, Tininha, como é mais conhecida, fez trabalhos voluntários no Hospital do Câncer. Em 2001, durante uma dessas atividades, uma conversa lhe chamou a atenção. Na ocasião, uma profissional explicava a uma senhora com tumor mamário como seria o tratamento. “Ela falou de forma tão rude que assustou a mulher”, recorda.

Naquele mesmo ano, Tininha fundou a União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama (Unaccam), com o objetivo de orientar voluntários e profissionais da saúde sobre como agir com os pacientes e seus familiares de maneira humanizada. Os cursos, gratuitos, acontecem há doze anos na Assembleia Legislativa de São Paulo para uma turma de até quarenta alunos. Até agora, já foram capacitadas mais de 900 pessoas de setenta cidades.

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Além de promover as aulas, a entidade funciona como um canal de doação de próteses mamárias e exames de mamografia — cerca de 500 por ano. “Meu lema é: quem procura acha, e quem acha cura”, afirma a enfermeira, hoje com 71 anos. Ela é mãe de três filhos e casada há quase cinco décadas com um empresário do ramo da indústria metalúrgica.

Tininha participa ativamente do Outubro Rosa, movimento que nasceu nos Estados Unidos para conscientizar as mulheres sobre a necessidade de prevenção contra a doença. Ajudou a trazer essa iniciativa ao Brasil, em 2002. Este, no entanto, será o primeiro ano em que não tomará parte das ações, pois descobriu, em março, um câncer de pulmão em estágio avançado, com 11 centímetros. Desde então, passou por cinco sessões de quimioterapia. O tumor regrediu um pouco, não houve metástase para outros órgãos e, hoje, encontra-se estabilizado. “Por ironia do destino, tive esse diagnóstico”, diz a enfermeira. “Mas tudo o que construí me dá forças para enfrentar o problema.”

Unaccam. Rua Honduras, 629, Jardim Paulista, tel. 3889-7676, unaccam.com.br

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