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Obras de restauro no Jockey Club ainda precisam de recursos

Conclusão da primeira etapa da reforma está prevista para outubro, mas ainda faltam partes importantes, como o piso

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h44 - Publicado em 7 ago 2020, 06h00
Vista área do prédio principal: objetivo é aumentar visitação (Giulyane Nogueira/Veja SP)
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O Jockey Club se prepara para inaugurar, em 24 de outubro, a primeira fase da restauração de seu prédio principal. Focadas na área dos pórticos — a parte coberta da entrada do clube fundado em 1941 na região da Cidade Jardim —, as obras tiveram início em junho. Responsável pela empreitada, a empresa Elysium Sociedade Cultural obteve, via Lei Rouanet, a autorização para captar 3,8 milhões de reais. Até agora, só 1 milhão de reais foram obtidos por doação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), grupo comandado por Benjamin Steinbruch, também presidente do conselho de administração do Jockey. “Não sabemos se olhamos para a obra ou para a captação. Temos cerca de quarenta dias para obter o valor restante. Caso não consigamos, os pisos externo e interno não vão ser restaurados. O telhado está quase pronto e as esquadrias terminaremos nos próximos trinta dias”, afirma Wolney Unes, diretor técnico da Elysium.

Nem todo o montante seria utilizado no reparo propriamente dito. Cerca de 1,8 milhão do total estavam destinados a atividades culturais, como concertos e seminários. Elas seriam realizadas no canteiro de obras, em uma ação para aumentar o público que passa pela área de mais de 586.000 metros quadrados. Com as restrições impostas pela pandemia, porém, a programação foi suspensa e esse valor deixou de ser alvo de atenção. Falta ainda, porém, conseguir mais 1 milhão de reais para completar o orçamento para as três frentes de obras.

A primeira delas diz respeito ao conserto da caixilharia (parte das esquadrias no tom verde-claro característico, onde ficam as lâminas de vidro). Por lá, havia dobradiças e puxadores faltantes. Para consertá-los, foram procurados artesãos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. Eles ficaram encarrega- dos de refundir essas novas peças à estrutura principal. Outra parte importante é a revitalização dos revestimentos de mármore, como Carrara e travertino. Utilizado também nas paredes e no piso, o material já ganhou vida nova nas muretas (veja o antes e o depois nas fotos abaixo). Além da limpeza, é feita uma injeção de resina para fechar os “poros” da pedra e evitar acúmulo de sujeira. O telha- do com problemas de escoamento é a etapa final.

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Terminada essa primeira maratona, sem mencionar a negociação da dívida de IPTU avaliada em mais de 118 milhões de reais, há outras a ser vencidas. Só no prédio principal faltam ainda outros cinco eixos de restauração que devem tomar os próximos dois anos e meio, com sorte. Estão no pacote a ampliação do Bar Inglês, o redesenho do acesso ao imóvel, o reparo do mobiliário e a reforma das tribunas sociais e salões nobres. A estratégia adotada pela Elysium na captação seguirá a lógica de fase a fase. “Essa foi uma ideia do presidente Benjamin Steinbruch, que resolveu usar o prestígio que ele tem como industrial para mobilizar seus parceiros de negócios em prol de algo que vai beneficiar a cidade de São Paulo. O Jockey é o maior complexo art déco da América Latina”, acrescenta o diretor técnico Unes. Steinbruch mira uma guinada: “Ainda persiste a ideia de o Jockey ser um clube elitista e fechado. Estamos abertos à sociedade, não cobramos entrada. Com esse restauro, espero que mais pessoas nos visitem”.

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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 12 de agosto de 2020, edição nº 2699.  

 

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