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Obras na Marginal Tietê visam melhorar o trânsito

Orçada em 1,25 bilhão de reais, obra pretende amenizar o tráfego numa das mais importantes vias da capital

Por Giuliana Bergamo
Atualizado em 5 dez 2016, 19h30 - Publicado em 18 set 2009, 20h28

Todos os dias, 1,1 milhão de veículos trafegam pelos 24 quilômetros da Marginal Tietê. Passam por ali de automóveis novos e leves a caminhões velhos, lentos e pesadíssimos. A via funciona como um termômetro do congestionamento em São Paulo. “Qualquer coisa que acontece na marginal reflete na cidade inteira”, afirma Paulo Vieira de Souza, diretor de engenharia da Dersa. Com o objetivo de aumentar sua capacidade, está previsto para o próximo ano o início de uma grande obra orçada em 1,25 bilhão de reais. A expectativa é que os congestionamentos sejam reduzidos em 12% ao longo do Tietê e em até 20% no seu entorno. Além disso, a média diária de seis acidentes pode cair pela metade.

A primeira etapa da concorrência para escolher as empreiteiras que tocarão o projeto deve ser finalizada no próximo dia 17. Em março de 2010, se tudo correr conforme o cronograma do governo do estado, as obras estarão concluídas. A construção será dividida em três trechos. O maior deles, que vai do Viaduto CPTM, próximo ao acesso à Rodovia dos Bandeirantes, até a Rua Ulisses Cruz, no Tatuapé, será financiado pelas administrações estadual e municipal. Custará 850 milhões de reais. As outras duas porções – do Viaduto CPTM à Rodovia Castello Branco e da Rua Ulisses Cruz à Rodovia Ayrton Senna – serão bancadas pelas concessionárias de estradas CCR e Triunfo, respectivamente.

Entre as principais mudanças previstas está a construção de pistas auxiliares no espaço hoje ocupado pelos canteiros centrais. Haverá, ainda, desapropriações para alargar a via local já existente. Atualmente, o número total de faixas da marginal varia de seis a sete, dependendo do trecho. Depois das obras, serão dez, em média. “Essas modificações devem aumentar a fluidez do trânsito, mas podem atrair motoristas que evitam a via”, diz Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transportes. Para remediar esse efeito colateral, serão erguidas três alças de acesso e quatro pontes. A idéia é diminuir o fluxo de carros que acessam a marginal apenas para se deslocar entre uma ponte e outra. O dinheiro destinado à obra será aplicado na melhoria das condições da via expressa – consertar buracos, nivelar asfalto e refazer demarcações.

As intervenções, porém, estão longe de ser a resolução de todos os problemas de trânsito na região. “Elas fazem parte de um pacote de medidas paliativas para controlar os congestionamentos enquanto o trecho norte do Rodoanel não é construído”, afirma Jaime Waisman, professor de engenharia da Universidade de São Paulo e consultor na área de transportes. É para lá que escoariam os cerca de 160 000 caminhões de carga que usam a Marginal Tietê diariamente para atravessar a cidade. Mas a obra, que passa pela Serra da Cantareira, depende de licença ambiental para começar. Por isso, estima-se que só ficará pronta daqui a uma década. “Como não há expectativa de que a frota de veículos deixe de crescer, quando entregarmos a reforma da marginal já haverá necessidade de pensarmos em novas soluções”, diz Vieira de Souza, da Dersa.

O projeto quer reduzir…

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…o número de congestionamentos em 12%

…o tempo das viagens em 40%

…a quantidade de acidentes em 50%

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