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Governo cria grupo para identificar vândalos em protestos

Secretário de Segurança Pública afirmou ainda que a polícia pode voltar a usar balas de borracha

Por Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h35 - Publicado em 8 out 2013, 19h07
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  • O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, anunciou nesta terça-feira (8) a criação de um grupo de trabalho em força-tarefa para atuar na identificação e prisão de indivíduos que depredem ou cometam crimes em manifestações.

    “O grupo será formado pelas polícias Civil e Militar e pelo Ministério Público Estadual. A força-tarefa visa impedir que uma minoria de baderneiros atrapalhe o direito de livre manifestação das pessoas”, disse o secretário. “Queremos fazer uma via rápida para apurar como estes criminosos agem. Basta de vandalismo e de baderna.”

    O procurador-geral do Estado, Marcio Elias Rosa, afirmou que promotores da infância e juventude e criminais vão fazer parte do grupo. “Há necessidade, do MPE e da polícia, de rápida investigação para que haja prisões temporárias e prisões preventivas para cessar atos de violência”.

    O secretário de Segurança Pública disse ainda que a polícia já tem relatórios de inteligência, fotos, filmagens e os nomes de algumas lideranças desses grupos. Questionado se haveria proibição do uso de máscaras, Grella disse que isso era “irrelevante”.

    Balas de borracha

    Proibidas desde junho nas manifestações em São Paulo, o secretário afirmou que as balas de borracha podem voltar a ser usadas pela polícia. “Quando a manifestação é ocupada por grupos de baderneiros, exige-se o emprego de força progressiva”, afirmou Grella.

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    As balas foram vetadas após os protestos de junho, em que várias pessoas ficaram feridas. Um deles, o fotógrafo Sérgio Silva, que registrava uma manifestação, acabou perdendo a visão do olho esquerdo. 

    Protestos

    As medidas foram anunciada um dia depois da manifestação desta segunda-feira (7), em São Paulo, que terminou com oito pessoas feridas, nove detidas e cinco presas, segundo a Polícia Militar. O protesto era em apoio à manifestação de professores do Rio de Janeiro.

    Dos presos, segundo o secretário de Segurança Pública, três eram criminosos que aproveitaram o tumulto para  fazer roubos e furtos no percurso. Outros dois presos era um casal que, conforme Grella, teriam participado da depredação de um carro da Polícia Civil. 

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    Pichações

    Ainda na manhã desta terça (8), o Masp amanheceu com suas colunas vermelhas pichadas de branco. Tanto a polícia como a direção do museu dizem não ser possível afirmar que a depredação tem relação direta com os protestos da noite anterior, nem que foi desencadeada por algum manifestante. As colunas serão repintadas nesta quarta-feira (9). 

    Há menos de uma semana, no dia 2, outro cartão-postal de São Paulo foi pichado duas vezes. No Monumento às Bandeiras, obra de Victor Brecheret em frente ao Parque Ibirapuera, foi escrito “PEC 215 não” e “bandeirantes assassinos”. Por fim, levou um balde de tinta vermelha, que ainda não foi totalmente removida. 

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