O número de mortes pelo vírus da gripe subiu 180% em menos de um mês no Estado de São Paulo. Conforme boletim da Centro de Vigilância Epidemiológica (CEV) da Secretaria da Saúde, de janeiro até o dia 2 de maio haviam sido registradas 25 mortes pelos vários tipos do vírus influenza. No dia 28, já eram 71 óbitos, segundo dados da CEV. O número de casos confirmados subiu de 146 para 458 nesse período.
A escalada de casos de gripe coincide com a queda nas temperaturas, quando a transmissão do vírus se torna maior, e com a baixa vacinação no Estado. Nesta quarta-feira (6), a Vigilância Epidemiológica de Limeira confirmou a primeira morte pela gripe H1N1 na cidade este ano. A vítima é uma idosa de 79 anos, que morreu no dia 29 de maio – o resultado dos exames ficou pronto agora. O mesmo vírus causou duas mortes em Catanduva, confirmadas na terça-feira (5).
O H1N1 é o vírus mais letal no Estado, tendo causado, até agora, 41 óbitos em 222 casos registrados. O H2N3 infectou 89 pessoas, das quais treze morreram. Outras onze mortes foram causadas pelo tipo A, em 98 casos, e seis pelo B, que infectou 49.
De acordo com a secretaria, não há anormalidade epidemiológica em relação à gripe em São Paulo. No ano passado, a gripe teve 1 021 casos confirmados e causou 200 óbitos. O CEV monitora desde 2011 a circulação do vírus no Estado.
O Estado está em campanha de vacinação contra a doença. Por causa dos protestos dos caminhoneiros, o encerramento da campanha, marcado para 31 de maio, foi prorrogado para 15 de junho. O número de pessoas vacinadas no Estado está em torno de 60% e continua abaixo da meta de 90% para o público-alvo definido pela campanha.