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OLÁ,

Noel Gallagher mostra em SP quem era a alma do Oasis

Músico se apresentou com sua nova banda, Noel Gallagher's High Flying Birds, nesta quarta (2), no Espaço das Américas

Por Catarina Cicarelli
Atualizado em 5 dez 2016, 17h12 - Publicado em 3 Maio 2012, 02h32

No fim de 2009, por causa de mais uma das homéricas brigas entre os irmãos Liam e Noel Gallagher, o Oasis acabou. Se naquela época existia alguma dúvida de qual dos dois era imprescindível para a banda, a resposta veio nesta quarta (2), quando Noel se apresentou no Espaço das Américas com seu novo grupo, o Noel Gallagher’s High Flying Birds.

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Durante a edição do ano passado do Planeta Terra, em novembro, Liam também teve sua chance de mostrar seu trabalho solo, o Beady Eye. À primeira vista, o mais novo dos Gallagher tem vantagem, já que é acompanhado na banda pelos também ex-integrantes do Oasis Gem Archer, Andy Bell e Chris Sharrock. Com medo do fantasma da antiga banda, Liam fugia do repertório antigo e nem mesmo seu incomum bom-humor durante a apresentação fez com que o público se animasse muito.

Quadro bem diferente do visto pelo público do Espaço das Américas. Sem seus ex-companheiros, Noel mostrou que sozinho carregada a memória do Oasis. Mesmo em suas novas canções, como “Everybody’s On The Run” e “Dream On”, é impossível não notar a semelhança com os trabalhos anteriores.

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E não foi só a sonoridade do Oasis que Noel carregou consigo. Muitos dos fãs da banda estavam lá, e não só para ouvir antigos sucessos – que ele, diferente do irmão, não tem medo de tocar. Quando o músico subiu ao palco, pontualmente às 22h, foi recebido com euforia e já engatou duas canções da banda anterior – “(It’s Good) To Be Free” e “Mucky Fingers”. Após uma rodada das novas músicas, que também eram acompanhadas pelos fãs. Mas era de fato nas canções do Oasis que a plateia ia ao delírio, como mostrou a versão acústica de “Supersonic”.

Apesar de satisfazer o público, Noel fez questão de manter o personagem que crioui de rabugento. Como se não se importasse com a opinião dos presentes, desdenhou os pedidos para tocar “The Masterplan”. “Vocês querem ouvir ‘The Masterplan’? Pois chegando em casa podem pegar o disco e ouvi-la”, afirmou de um modo grosseiro e ao mesmo tempo brincalhão.

As brincadeiras com a plateia não pararam por aí: na frente do palco, o vocalista notou a placa “Noel, I’m pregnant by you” (algo como ”Noel, estou grávida de você”). O detalhe é que quem segurava o cartaz era um homem. Rindo, Noel perguntou se era menina ou menino e depois passou a conversar com o espectador em alguns dos intervalos. Ao longo do show, ignorou mais uns tantos pedidos, quase como um menino mimado que sabemos que uma hora vai ceder.

E, de fato, cedeu. No bis, após apresentar pela primeira vez ao vivo a música “Let The Lord Shine a Light on Me”, tocou “Whatever” e “Little by Little”, ambas de sua época do Oasis. Por fim, engatou o hit “Don’t Look Back in Anger”, recebido com euforia pelos fãs, que cantavam sozinhos o refrão. Sim, o Oasis morreu, mas sua alma ainda está viva em Noel Gallagher.

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