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OLÁ,

Negócios sociais a favor da sustentabilidade

Com a vida encaminhada, engenheiro começa do zero e faz o que ama: projetos em favor de pessoas em condição de vulnerabilidade social

Por Da Redação
Atualizado em 17 Maio 2024, 10h26 - Publicado em 3 nov 2014, 16h01

Você que agora lê este texto tranquilamente, no metrô, em casa, no carro, no trabalho, onde quer que esteja: trocaria um bom salário por… nada? E mais: qual seu sentimento ao saber que não tem previsão de receber no fim do mês? Difícil, não? Pois, para Rafael Henrique Siqueira Rodrigues, 31, este foi o começo de uma grande história. “A ideia de fazer algo surgiu em meados de 2007, quando tinha 24 anos. Mas foi só em 2011 que criei efetivamente o Instituto S.O.S., sigla que significa Sistemas Organizados para a Sustentabilidade”.

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A ONG, criada por Rafael, atua na criação e fomentação de negócios sociais para que a sustentabilidade saia do papel. Já desenvolveu, por exemplo, projetos como assessoria técnica para cooperativas de catadores, campanhas de educação ambiental e a criação e implementação de Pontos de Entrega Voluntária, também conhecidos como PEVs. “Tudo isso gera benefícios para o meio ambiente pelo aumento da reciclagem, inclusão social pela criação de postos de trabalho e geração e distribuição de renda para pessoas em condição de vulnerabilidade social. Você tem um problema e o transforma em solução. É o uso do poder dos negócios sociais para mudar o mundo,” explica Rafael.

O desejo de não ser mais um começou ainda na faculdade. Formado em Engenharia Eletrotécnica, com curso em Design para sustentabilidade e pós-graduação em Empreendedorismo e Novos Negócios, Rafael queria utilizar as habilidades que tinha para trabalhar em prol do mundo que desejava ver. “Depois de bastante tempo criando a coragem necessária para iniciar essa empreitada, percebi que a hora certa seria aquela na qual eu começasse. E assim foi.”

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O processo foi sendo construído aos poucos. Rafael só começou a trabalhar com o que sonhava três anos depois de sair da universidade. Nessa época, atuava com cálculo de seguros de risco e ganhava cerca de 6 mil reais por mês. Foi então que ele resgatou o trabalho de conclusão de curso da faculdade e resolveu ir para a prática na questão sustentável. Para entender bem o assunto, deixou o emprego e virou catador de resíduos por quatro meses, para saber qual a realidade desses profissionais e, assim, propor a solução. “Tinha que viver aquilo. Na primeira semana, fui muito rejeitado por eles. Não entendiam por que eu estava lá. Com o tempo, conquistei a confiança deles e fiz amigos.”

Rafael começou, então, a por em prática tudo que viveu e estudou. Montou o Instituto há quase quatro anos e, de lá para cá, só viu o negócio crescer. “O objetivo de criação do Instituto S.O.S. é me realizar, ser feliz. Corri atrás do que eu queria de verdade, e então consegui. É uma grande realização ter tirado a ideia do papel.”

É claro que nestes anos nem tudo correu como ele queria. O salário, mesmo, Rafael demorou cerca de dois anos para conseguir novamente. “Vivi com o mínimo. Era só o que tinha guardado. Apareceram dúvidas em vários momentos, se aquele era o caminho certo. É pesado.” No entanto, o saldo é extremamente positivo: “O arrependimento por ter largado tudo e apostado no empreendedorismo social é zero.”

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Nome: Rafael Henrique Siqueira Rodrigues

Profissão: Engenheiro

Atitude transformadora: Criou o Instituto S.O.S., que atua na criação e fomentação de negócios sociais

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