Cinco anos e sete meses depois do incêndio que destruiu dois terços do prédio histórico, o Museu da Língua Portuguesa, localizado na Luz, região central de São Paulo, foi oficialmente reinaugurado neste sábado (31). A partir de domingo (1º), o espaço será aberto ao público.
Representantes de países que falam a língua portuguesa como o ministro da Cultura de Angola, e os presidentes de Cabo Verde e Portugal, participaram da cerimônia oficial de reinauguração. O Hino Nacional Brasileiro e o Hino de Portugal foram cantados pela cantora Fafá de Belém.
O prédio ganhou a Ordem de Camões, dada pelo governo português a pessoas e instituições que prestem serviços relevantes à língua portuguesa. “Seis anos volvidos, aqui viemos para não esquecer as cinzas do passado, mas para a partir delas construirmos o futuro. (…) Essa é uma celebração do futuro, o nosso futuro, o futuro da nossa língua em comum”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal.
Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, prefeito Ricardo Nunes e o governador João Doria também participaram da solenidade. O governo federal não mandou representante.
As obras começaram em 2017 e foram divididas em três fases: restauro do interior e das fachadas; reconstrução da cobertura destruída no incêndio; e intervenções de ampliação e melhoria. O investimento total foi de mais de R$ 85 milhões.
Antes da reforma, o Museu recebeu cerca de 4 milhões de visitantes e promoveu mais de 30 exposições temporárias. Houve homenagens a escritores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Machado de Assis e Fernando Pessoa, além do cantor e compositor Cazuza. O museu é um dos primeiros totalmente dedicados a um idioma. Ao todo, são 260 milhões de falantes dessa língua em todo o planeta.