No último sábado (11), uma jovem de 22 anos foi encontrada morta dentro de casa em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, com uma marca de facada no pescoço e agressões no rosto.
Quando os policiais chegaram ao local, Amanda Cristina estava no banheiro, ensanguentada e de bruços, ao lado de uma faca e um ferro de passar roupa. O suspeito do crime, Igor Luiz Rodrigues Carlos, de 19 anos, estava dormindo na cama da mulher.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o rapaz foi preso em flagrante. A polícia informou que Igor teria entrado na casa com o objetivo de roubar. Lá, encontrou Amanda. Lutou com a moça e, em seguia, a matou. O caso foi registrado na delegacia da cidade como latrocínio. As suspeitas é de que o jovem pegou no sono no local porque estava drogado.
Amanda namorava havia três anos e meio com o garçom Victor Augusto dos Santos, de 24 anos. Ele foi o primeiro a se deparar com a namorada morta, antes mesmo que os próprios policiais.
Em entrevista a VEJA SÃO PAULO, o companheiro relata que chegou do trabalho de madrugada e estranhou que a residência estava com as luzes todas apagadas. “Amanda tinha medo de escuto. Achei que ela não estava em casa. Entrei, vi algumas manchas de sangue no chão. Fui ao quarto e encontrei um cara estranho dormindo na minha cama”, conta. “Fiquei assustado. Pensei que o sangue fosse dele. Liguei para a polícia e depois fiquei tentando falar com a Amanda. E ela não atendia.”
O garçom afirma que só voltou para dentro com a chegada dos agentes. Contou que foi o primeiro a se deparar com a namorada dentro do banheiro. “Estava caída de bruços. O banheiro estava lavado de sangue. Entrei em desespero e fui tirado de casa”, relata.
Quando os policiais saíram com Igor algemado, o namorado de Amanda lembra que se descontrolou. “Fiquei totalmente transtornado. Vi o momento em que ele entrou na viatura. A única coisa que fiz foi gritar e xingar muito ele. Também acertei alguns golpes nele”, diz. “Mas fui imobilizado por outro policial.”
Santos afirma que está desorientado e não sabe o que vai fazer após a morte de Amanda. Os dois planejavam se casar este ano. “Tínhamos o sonho de ter três filhos. Poder casar e viajar antes das crianças”, conta o garçom. “Mas tinha dito a ela para priorizar os estudos. Ela estava terminando o curso de administração de empresas. Eu pegava no pé dela para colocar a faculdade como prioridade.”