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Mulher acusa rapper Edi Rock, do Racionais MC’s, de estupro; ele nega

Juliana Thaisa registrou boletim de ocorrência, mas inquérito foi arquivado pelo Ministério Público

Por Da Redação
23 jun 2022, 17h27
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  • A doula e sexóloga Juliana Thaisa acusa o rapper Edi Rock de tê-la estuprado em maio de 2021. Ela fez uma série de publicação no Instagram relatando o caso, que foi registrado em boletim de ocorrência e investigado pelo Ministério Público de São Paulo, mas acabou arquivado.

    De acordo com o relato, Juliana e Edi Rock trocavam mensagens, e ela sempre foi fã do Racionais MC’s, grupo do qual o rapper faz parte. Um dia, ele foi até o apartamento dela, no centro de São Paulo, para dar um “oi”. Juliana disse que esperava que a conversa fosse rápida porque naquele dia ela estava com a filha.

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    Entretanto, o encontro terminou com uma ligação para a polícia. Ela disse que, enquanto sua filha dormia, ele tentou estuprá-la, abaixando sua calça e tentando beijá-la a força.

    “Eu só tenho duas mãos, uma eu usei para tentar segurar aquele nojento, e a outra para segurar minha calça que ele tentava abaixar. Eu não pude nem gritar para não acordar minha filha e traumatizá-la”, relatou em publicações feitas na última terça-feira (21/6).

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    “Foram 386 dias em silêncio. Eu nunca vou perdoar você ter me violentado dentro da minha casa, com a minha filha dormindo. Nunca, nunca na vida, vou aceitar que minha filha seja desrespeitada, e não interessa que ela estava dormindo e não viu nada. Eu tirei ela da cama dormindo para tentar fugir da minha própria casa e de você. E eu desejo que você pague em sofrimento, tudo o que fez, seu abusador hipócrita”, escreveu a doula.

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    Juliana contou que pegou sua filha no colo e tentou fugir de sua própria casa para sair de perto dele, mas que ele segurou a porta do elevador para impedi-la de descer. Depois, ele soltou a porta e foi em direção à escada, e Juliana decidiu correr para dentro de sua casa e trancar a porta de seu apartamento. Mas, segundo ela, Edi Rock permaneceu tentando entrar.

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    “O porteiro pediu para ele sair e ele não saiu. Veja que o funcionário do prédio desceu sozinho, ele ficou lá, tentando abrir a minha porta”, relatou, publicando imagens registradas pelas câmeras de segurança do sistema de segurança do edifício. Ela também publicou prints de conversas com amigas nas quais pede socorro.

    Mesmo assim, lamentou Juliana, o caso foi arquivado. O MPSP investigou Edi Rock por importunação sexual, e o músico foi ouvido. Ao fim, o promotor concluiu que não havia provas se o crime ocorreu ou não.

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    O portal g1 teve acesso ao depoimento do rapper, no qual ele confirmou que teve contato sexual com Juliana, mas de forma consensual. Ele afirmou na oitiva que passou a mão no corpo dela, mas que depois ela “teve um surto e começou a falar que não”, e que neste momento ele interrompeu o contato. Nas redes sociais, o músico negou as acusações.

    “Sobre as acusações contra mim nas redes, já foi comprovado pela justiça que é MENTIRA! Os fatos expostos tornaram a narrativa apresentada ilegítima e caluniosa. Meus advogados cientes, tomaram as medidas cabíveis”, disse na publicação.

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