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Movimento arrecada 11 milhões de reais para famílias carentes na pandemia

Em dois meses ação teve mais de 6 000 apoiadores e a estimativa é de que tenha beneficiado cerca de 14 000 lares

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 3 ago 2020, 17h49 - Publicado em 3 ago 2020, 17h43
Dois membros de uma entidade social entregando doações com um carrinho
Distribuição de alimentos do Instituto Futsal Sem Drogas, um dos participantes do Movimento (Reprodução Instagram/Divulgação)
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Idealizado pelo Instituto ACP em abril, o Movimento Família Apoia Família arrecada doações para setenta projetos que auxiliam famílias em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia da Covid-19. A ação já angariou quase 11,7 milhões de reais desde maio, quando o site foi lançado. As iniciativas beneficiadas são voltadas para a distribuição de cestas básicas e materiais de higiene em diversas partes do Brasil.

A ideia veio da família dona do instituto, os Pipponzi (da rede de drogarias Raia, atual grupo RaiaDrogasil). “A gente estava pensando em uma forma de apoiar pessoas vulneráveis. Primeiro vieram doações nossas e depois outras famílias próximas de alta renda. Conseguimos captar 2,5 milhões de reais”, explica Rodrigo Pipponzi. Ele também é diretor executivo da Editora Mol, que vende revistas em farmácias de todo o país com a renda revertida para organizações sociais.

Depois do alto volume arrecadado inicialmente, eles decidiram criar uma plataforma para que outros interessados doassem. Além de grandes empresas, pessoas físicas também doam e são elas as responsáveis pela maior parte dos valores. “O projeto foi pensado para chegar nas comunidades por meio de ONGs locais. Abrimos no site um espaço para as instituições interessadas em receberem os recursos se inscreverem”, diz Rodrigo.

“Muitas pessoas doam 100 reais. Mas aparece também quem coloca 5 000, até 300 000 reais”.

No início as entidades podiam se cadastrar para tentar captar dinheiro pelo portal. “Tem um lado muito legal de democratizar. Mas é perigoso, se tiver 500 ONGs, é difícil verificar os projetos. Por isso a gente deu uma filtrada. São projetos em cerca de 11 estados brasileiros”, comenta ele, sobre as setenta campanhas escolhidas. Foram colocadas ONGs voltadas para famílias de catadores de materiais recicláveis na Grande São Paulo, vítimas de violência doméstica, refugiados, idosos entre outros.

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Pipponzi calcula que o número de famílias beneficiadas pela ação seja entre 11 000 e 14 000 até o momento. “Usamos a estimativa que 1 000 reais dão para ajudar uma família por três meses. Mas, na prática, acaba sendo mais, é um número difícil de precisar”.

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