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OLÁ,

Morte faz prefeitura vistoriar 110 câmeras

Os equipamentos que estiverem irregulares serão desativados

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 8 fev 2018, 08h54 - Publicado em 8 fev 2018, 08h51
Lucas Antônio Lacerda da Silva, de 22 anos, morreu eletrocutado no pré-carnaval em São Paulo (Reprodução Facebook/Veja SP)
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Após o acidente que resultou na morte de um folião no fim de semana, a Prefeitura de São Paulo determinou vistoria nas 110 câmeras instaladas na capital pela GWA Systems a pedido da Dream Factory, empresa responsável pela organização do carnaval de rua da capital. Os equipamentos que estiverem irregulares serão desativados.

A Prefeitura enviou ofício ao Departamento de Iluminação Pública (Ilume) e à Eletropaulo. E informou que o Ilume já desligou dezesseis câmeras na Rua da Consolação, onde o estudante Lucas Antônio Lacerda da Silva, de 22 anos, morreu eletrocutado no domingo (4). Segundo o órgão, uma vistoria foi realizada no dia do acidente e a interrupção do funcionamento dos equipamentos irregulares já ocorreu na noite daquele dia.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também iniciou vistoria em todas as principais rotas para rastrear equipamentos irregulares em postes.

A Secretaria de Prefeituras Regionais disse que a Dream Factory será notificada porque demorou a enviar a lista com os equipamentos, o que só ocorreu na terça-feira (6) e não notificou a Prefeitura sobre a contratação da GWA. De 110 câmeras, 58 estão em postes – o contrato previa 200 até o carnaval.

Nesta quarta-feira (7), o Tribunal de Contas do Município (TCM) deu 48 horas para que a Prefeitura apresente esclarecimentos. Determinou, ainda, a adoção de providências imediatas para a segurança dos participantes nos eventos carnavalescos dos próximos dias.

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O documento, assinado pelo corregedor do TCM Roberto Braguim, questiona quem foi o engenheiro responsável por instalar as câmeras, considerando que o edital previa documentação que comprovasse que o trabalho seria feito por profissional especializado. Também indaga sobre o padrão técnico do serviço. Pedido semelhante foi feito pelo Ministério Público Estadual, com prazo de dez dias para resposta.

Por meio de nota, a GWA disse que “sempre seguiu todas as normas técnicas e de segurança”. Já a Dream Factory informou que só se manifestará hoje, após o depoimento à polícia.

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