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Morre Ziraldo, criador de ‘O Menino Maluquinho’, aos 91 anos

Desenhista morreu dormindo, em casa, na Zona Sul do Rio, na tarde deste sábado (6)

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 abr 2024, 11h35 - Publicado em 6 abr 2024, 16h39
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O cartunista Ziraldo (Instagram/Reprodução)
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Morreu aos 91 anos o desenhista e escritor Ziraldo, criador de personagens icônicos como O Menino Maluquinho. A informação foi confirmada ao g1 pela família do cartunista.

Ele morreu dormindo, em casa, no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio, por volta das 15h deste sábado (6).

Ziraldo não fazia muitas aparições públicas desde 2018, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Segundo o perfil oficial do desenhista nas redes sociais, ele morreu de causas naturais.

Conheça a trajetória do cartunista

Nascido em 1932 no município de Caratinga, em Minas Gerais, Ziraldo Alves Pinto foi o primeiro de oito irmãos e começou a demonstrar talento para a arte já na infância, quando teve um desenho publicado no jornal A Folha de Minas, aos 6 anos de idade.

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Aos 17 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a carreira. Em 1949, ilustrou contos em uma revista chamada Coração e teve sua primeira história em quadrinhos publicada. Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte, profissão que nunca exerceu.

Na década de 60, depois de assinar charges e cartuns em vários veículos do período, publicou a primeira revista infantil brasileira escrita por apenas um autor, A Turma do Pererê, que também foi o primeiro quadrinho colorido 100% produzido no país. A revista contava a história do Saci-Pererê e seus amigos, que eram animais como o tatu, a onça e o jabuti. Com o início do regime militar, ela parou de ser publicada.

Alguns anos depois, Ziraldo se juntou a outros jornalistas e cartunistas como Jaguar (Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe), Henfil (Henrique de Souza Filho) e Millôr Fernandes para fundar o periódico O Pasquim, que criticava a ditadura com charges e textos debochados. Por isso, Ziraldo e outros colaboradoes do jornal chegaram a ser presos pelos militares.

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O maior sucesso do cartunista, O Menino Maluquinho, surgiu em 1980. Publicado inicialmente como livro, a história do garoto que usa uma panela na cabeça fez tanto sucesso que virou uma série de revistas em quadrinhos lançada por quase vinte anos. Depois, O Menino Maluquinho virou filmes e série de TV.

Ziraldo deixa a mulher, Marcia Martins da Silva, e três filhos, Fabrizia Pinto, Daniela Thomas e Antonio Pinto, do casamento com Vilma Gontijo.

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