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Morre Adalberto, criador da Adalbertolândia, em Perdizes, aos 94 anos

Publicitário aposentado criou o parque porque ficou preocupado com as crianças brincando em meio aos carros na rua

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 mar 2022, 18h05
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  • Adalberto Costa de Campos Bueno morreu aos 94 anos em São José do Rio Preto, no interior do estado, neste sábado (19). Ele foi o criador da Adalbertolândia, um parque voltado para as crianças em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo.

    O espaço, inaugurado em 1969, atraiu crianças de diferentes gerações e fica na esquina das ruas Plínio de Morais e Professor Paulino Longo. Entre os brinquedos estavam o carrossel de madeira, a gangorra, a casa do Tarzan e as dez trilhas construídas entre trinta árvores.

    Reportagem da Vejinha de 2013 contou como funcionava o parque. O terreno foi comprado pela família de Adalberto, um publicitário aposentado, no começo dos anos 50 e permaneceu vazio duas décadas, até surgir a ideia de aproveitá-lo para a garotada se divertir de forma segura em uma São Paulo que começava a sofrer o impacto do crescimento.

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    “Eu ficava com receio de ver as crianças da vizinhança brincando em meio aos carros na rua”, explicou na ocasião. Após um mês reformando brinquedos que adquiriu de segunda mão, Bueno abriu as portas do espaço em 12 de junho de 1969, sem cobrar nada pelo ingresso.

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    “É a única ‘lândia’ de graça”, brinca. “Quando digo que não é pago, as pessoas estranham, pois não estão acostumadas a receber algo sem dar nada em troca”, refletiu.

    Ele, cujo neto à época tinha 7 anos, também disse que via no pequeno a esperança de que a iniciativa sobrevivesse e servisse de modelo para outros terrenos abandonados na capital. “Ele adora ficar comigo na oficina montando e desmontando brinquedos, como eu fazia”, conta.

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