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Monumento a Marighella amanhece vandalizado com tinta vermelha

Homenagem ao ex-líder da Aliança Libertadora Nacional fica nos Jardins; ataque acontece dias após fogo no Borba Gato

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h50 - Publicado em 30 jul 2021, 15h15
pedra em homenagem a marighella, na calçada de rua dos jardins, coberta de tinta vermelha, que escorreu pela calçada
Monumento em homenagem a Carlos Marighella amanheceu coberto de tinta vermelha na manhã desta sexta-feira (30) (Reprodução/Redes sociais/Veja SP)
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O monumento a Carlos Marighella, líder da ALN (Ação Libertadora Nacional), amanheceu coberto de tinta vermelha nesta sexta-feira (30), na alameda Casa Branca, nos Jardins, zona oeste da capital. O vandalismo à homenagem ao guerrilheiro, que pregava luta armada contra a ditadura militar e chegou a ser considerado o “inimigo número um” do regime, acontece na mesma semana em que a estátua de Borba Gato foi incendiada, o que reacendeu o debate sobre as homenagens, feitas em monumentos, a figuras contestadas da História.

A homenagem a Marighella, uma pedra de granito bruto criada pelo arquiteto Marcelo Ferraz, foi instalada no local em 1999 durante ato que marcou os 30 anos do assassinato do líder da ALN. No monumento, há uma placa onde se lê: “Aqui tombou Carlos Marighella em 4/11/69, assassinado pela ditadura militar – São Paulo, 4 de novembro de 1999″.

Até o momento não se sabe quem foi o responsável pela tinta vermelha e nenhum grupo assumiu a autoria do caso. A SSP (Secretaria da Segurança Pública) ainda não se manifestou.

O ataque desta sexta não é o primeiro que a homenagem a Marighella sofre. O marco é alvo constante de pichações pró e contra a memória do guerrilheiro, que teve sua morte, em 11 de setembro de 1996, reconhecida pela Comissão de Mortos e Desaparecidos da Câmara como assassinato.

O ataque ao monumento a Marighella ocorre seis dias depois em que o grupo Revolução Periférica ateou fogo à estátua de Borba Gato, em Santo Amaro, na zona sul. Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, e sua mulher, Géssica, foram presos acusados de envolvimento. Lima assumiu ter participado do ato, mas sua mulher diz que não estava presente. Especialistas consideram a prisão como ilegal.

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