O vereador Milton Leite (DEM) foi eleito presidente da Câmara Municipal de São Paulo nesta sexta-feira (1°), a terceira vez em sua carreira política. Ele já havia presidido a casa em 2017 e foi reeleito em 2018.
A disputa foi contra Erika Hilton (PSOL). O vereador teve 49 votos dos 55 parlamentares empossados, enquanto a vereadora teve seis. Todos os votos de Erika foram da bancada de seu próprio partido.
Em seu discurso, Leite afirmou que priorizará a contenção de gastos. “Meu primeiro compromisso nessa casa é austeridade. A primeira presidência que tive aqui fui um dos presidentes mais austeros. Farei o mesmo esse ano. Corte de gastos, mantendo as mesmas condições de trabalho. Isso é importante demais para todos nós”.
Erika afirmou, durante a eleição da Mesa Diretora, que a Câmara não podia ser “um puxadinho” da prefeitura. “Eu, como a primeira mulher travesti, transexual eleita para esta casa nominalmente, acho fundamental que o PSOL e que nós nos coloquemos como oposição para fazermos desta casa um lugar que dialogue com as necessidades reais das pessoas. A Câmara Municipal não pode ser uma anexo, um puxadinho da prefeitura”.
A sessão foi presidida pelo parlamentar mais velho da casa, Eduardo Suplicy (PT), de 79 anos. Os cargos da Mesa Diretora da Câmara Municipal em 2021 ficaram dispostos da seguinte maneira:
- Presidente da Câmara: Milton Leite (DEM)
- Vice-presidenta: Rute Costa (PSDB)
- 2° vice-presidente: Atílio Francisco (Republicanos)
- 1ª Secretária: Juliana Cardoso (PT)
- 2ª Secretário: Fernando Holiday (Republicanos)
- 1° Suplente: George Hato (MDB)
- 2° suplente: Milton Ferreira (Podemos)
- Corregedor-geral da casa: Gilberto Nascimento Jr. (PSC)
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O presidente e os vices são responsáveis por direcionar os trabalhos legislativos em plenário. Os secretários cuidam dos contratos administrativos. O corregedor é responsável por garantir o cumprimento das normas do Regimento Interno.
Os mandatos da Mesa Diretora da Câmara são anuais e a reeleição é autorizada somente para o mesmo cargo durante a legislatura.
Preço das campanhas
Milton Leite teve a campanha mais cara entre os parlamentares eleitos na capital paulista. O vereador gastou R$ 2,5 milhões e se reelegeu pela sétima vez consecutiva. Em 2020, conquistou 132 mil votos, sendo o segundo parlamentar mais votado, com gasto médio de R$ 18,84 por voto.
O vereador mais votado, Eduardo Suplicy, teve um gasto aproximado de 200 mil reais, quase R$ 2,3 milhões a menos que o político do DEM. O custo médio por voto para o petista foi de R$ 1,24. É a segunda vez consecutiva que Suplicy é o vereador eleito com mais votos em São Paulo.
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