Novas estações da Linha Amarela devem inaugurar neste semestre
Previsão é que até julho sejam entregues as paradas Butantã e Pinheiros
Inaugurada em maio do ano passado, a Linha 4 – Amarela do metrô ainda atrai um número muito pequeno de paulistanos. Por enquanto, duas de suas estações, Faria Lima e Paulista, separadas por 3,6 quilômetros de túneis, estão em funcionamento. Abertas de segunda a sexta-feira, das 9 às 15 horas, elas registram, em média, 12.500 passageiros diários.
De acordo com as previsões da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o ramal receberia já no ano passado 700.000 pessoas todos os dias (o sistema inteiro é percorrido diariamente por 3,3 milhões de usuários). Para tanto, quatro novas paradas deveriam ter sido entregues até o fim de 2010: Butantã, Pinheiros, República e Luz. Não foram. Agora, quem mora ou trabalha no seu entorno recebeu uma boa notícia. O governo do estado anunciou — aleluia! — que as estações Butantã e Pinheiros entrarão em funcionamento até o término deste semestre. República e Luz, no fim do ano.
“A conclusão da Linha 4 – Amarela será uma das minhas principais prioridades”, afirma o governador Geraldo Alckmin. Secretário dos Transportes Metropolitanos durante a primeira gestão de Alckmin como governador e reconduzido ao cargo na semana passada, o engenheiro Jurandir Fernandes diz que os terminais Pinheiros e Butantã já estão prontos. Por que então não entram em operação? “As inaugurações dependem da execução bem-sucedida de uma série de testes em sistemas como o de sinalização e o de abertura de portas das plataformas”, justifica.
O novo ramal custou 2,3 bilhões de reais e começou a sair do papel em abril de 2004. Segundo as previsões da época, metade dele deveria ter entrado em operação até o segundo semestre de 2008. As principais explicações para o longo atraso são a demora no processo de desapropriação de alguns imóveis e o acidente no canteiro de obras da Estação Pinheiros, em janeiro de 2007, no qual sete pessoas morreram engolidas por uma cratera. Hoje, no entanto, a construção encontra-se em estágio avançadíssimo: 98% dela está finalizada, faltando apenas o acabamento em alguns trechos, de acordo com as empresas que formam o Consórcio Via Amarela, responsável pela empreitada.
A grande expectativa em relação à entrega da Linha 4 – Amarela, que vai ligar o centro à Vila Sônia, na Zona Oeste, não é à toa. Quando ela estiver concluída, terá interligação com trens urbanos, corredores de ônibus e quase todos os ramais do metrô (a exceção é a Linha Lilás). A novidade deverá atrair mais paulistanos para o transporte público e melhorar o trânsito em ruas como Teodoro Sampaio e avenidas como Rebouças e Nove de Julho. As composições que percorrerão os 12,8 quilômetros de trilhos subterrâneos não terão condutores. Toda a operação será realizada por um centro de controle baseado na Vila Sônia. Por isso, as plataformas serão vedadas com paredes de vidro — elas se abrem apenas com a chegada dos trens, nos quais há acesso gratuito à internet sem fio. Para ajudar a equilibrar eventuais aglomerações em horários de pico, a passagem entre os vagões é livre. São benefícios que todos esperam poder usufruir quanto antes.
O ATUAL CRONOGRAMA DA EXPANSÃO