Os funcionários do Metrô de São Paulo decidiram cancelar a greve prevista para o início desta terça (4). A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada por volta das 20h na sede do Sindicato, no Tatuapé, que votou pelo fim da paralisação, após acordo com a empresa.
Seguida de uma série de reinvindicações e opiniões contrárias ao fim da paralisação, um dos fatores que mais pesou na decisão final na assembleia surgiu após o Metrô aumentar a proposta de reajuste salarial de 6,95% para 8%, além de oferecer melhorias nos valores de benefícios como vale refeição e alimentação, plano de carreira e jornada remunerada.
Com a nova proposta em vigor a partir de 1º de maio deste ano, os funcionários do metrô receberão o valor retroativo e passam a ter um ajuste de 8% no salário (o piso hoje é de R$ 1.225,59), alteração no vale refeição de 11,51% (R$ 23,00 para R$ 25,65), aumento do vale alimentação de 13,62% (R$ 218,00 para R$ 247,69), entre outras modificações.
A nova proposta foi oferecida à categoria em uma audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde desta segunda (3). Para firmar que a negociação chegou ao limite, o encontro teve a presença do presidente do Metrô, Peter Walker, que não participava de um encontro do gênero desde a criação da empresa, em 1968.
No último dia 27 de maio, o Metrô havia oferecido um reajuste que foi recusado. Mesmo assim, a paralisação não ocorreu porque os funcionários optaram por aguardar uma nova reunião, que ocorreu nesta segunda.
Na última greve do metrô, em maio do ano passado, a paralisação dos funcionários durou apenas um dia. Com enormes transtornos e trânsito recorde na cidade, com 249 quilômetros de congestionamento e cerca de 3,5 milhões de passageiros atingidos, os metroviários conseguiram reajuste salarias de 6,17%.