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OLÁ,

Merendeiras de escola de Suzano protegeram alunos dentro de cozinha

Silvana Moraes e Lizete Santos trabalham na cantina do local, onde se abrigaram cerca de sessenta estudantes

Por Matheus Prado
Atualizado em 13 mar 2019, 17h57 - Publicado em 13 mar 2019, 17h08
As funcionárias da escola Silvana Moraes e Lizete Santos (Matheus Prado/Veja SP)
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Na manhã desta quarta-feira (13), a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana da capital, foi alvo de um ataque com arma de fogo. Dois jovens, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, entraram na instituição de ensino e dispararam contra funcionários e alunos. Até agora, foram contabilizados dez mortos no episódio.

A reportagem de VEJA SÃO PAULO conversou com duas funcionárias do colégio que estavam dentro do local durante o ataque. Por volta das 9h30, as merendeiras Silvana Moraes e Lizete Santos ouviram disparos, enquanto serviam o lanche para os alunos. Ao escutarem os tiros, os estudantes entraram em pânico e as funcionárias começaram a chamar os jovens para dentro da cozinha da escola.

Cerca de sessenta alunos se protegeram no local. Depois que os jovens adentraram a cozinha, elas tentaram selar as portas, que não fechavam. Tiveram então que colocar um freezer no caminho, para bloquear a entrada caso os autores dos disparos tentassem entrar ali.

Mesmo depois do episódio de pavor, as profissionais retornaram para a instituição no meio da tarde. “Eles [os alunos] vão voltar para merendar, a gente precisa fazer nosso trabalho”, Silvana pensou, não querendo deixar que as carnes deixadas fora da refrigeração estragassem.

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