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Médico se indigna com festa ao lado de UPA cheia de pacientes com Covid

O profissional de saúde gravou vídeo denunciando balada clandestina: "o barulho é tão grande que não conseguimos se ouvir dentro dos quartos”

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h28 - Publicado em 29 mar 2021, 11h32
Médico apontado para o hospital; à direita, na montagem, médico apontado para a regão da onde vem o som alto da festa clandestina
Som alto: médico denúncia festa clandestina que não é interrompida pelas autoridades  (Reprodução/Veja SP)
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O médico Nelson David Müzel Neto gravou um vídeo na noite de sábado (27) denunciando uma festa clandestina ao lado de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que atende pacientes com Covid-19 em Itaquera, Zona Leste de São Paulo.

“Nessa unidade só estamos atendendo Covid-19. Estamos com 73 pacientes, entre graves e não graves. E aqui é onde os pacientes ficam”, diz Nelson no começo do vídeo. Enquanto ele caminha para fora do hospital, a música da festa clandestina começa a ficar ainda mais alta.  

Em seguida, o médico desabafa. “Aqui atrás é o barulho dos caras fazendo festa. A gente não consegue falar com os pacientes. O barulho é tão grande que não conseguimos se ouvir dentro dos quartos”. 

Com o som da festa extremamente alto no vídeo, Nelson Neto cobra ações do prefeito Bruno Covas, do governador João Doria e também de outras autoridades, como a Polícia Militar e Polícia Civil. 

“Vocês estão sendo omissos, não só com o profissional de saúde, como com os pacientes que estão lá dentro. Amanhã, são esses caras (da festa clandestina) que estaremos atendendo no hospital”, diz o médico. 

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Nelson ainda conta que está difícil para trabalhar. “Isso é uma falta de respeito com a gente, que está dando sangue para poder promover para esses pacientes qualidade de vida. Estamos trabalhando em uma situação insalubre. Isso é insustentável. Não tem a menor condição de dar qualidade de atendimento. Já estamos em um nível de saturação que não dá para aguentar”.

A Secretaria de Segurança Pública lamentou o ocorrido e afirmou que repudia qualquer ato que represente risco à saúde pública.

Veja, na íntegra, a fala do médico Nelson David Müzel Neto. 

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