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OLÁ,

Casarão da Paulista vai virar lanchonete 24h com espaços instagramáveis

Sanduicheria terá capacidade de 220 lugares e estima que venderá cerca de 10 000 big macs por mês; confira detalhes do projeto

Por Ricardo Chapola
9 jul 2019, 15h07
Nova lanchonete do McDonald's no famoso casarão da Paulista deve ficar pronta no fim do ano (Leo Martins/Reprodução McDonald's/Veja SP)
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Um dos últimos casarões que sobraram na Avenida Paulista, localizado no número 1811, ao lado do Parque Mário Covas, deve virar uma nova lanchonete do McDonald’s até o fim deste ano. O endereço já está em obras.

A nona filial da franquia na região funcionará 24 horas por dia, contará com espaços instagramáveis e atendimento na mesa. Será o primeiro restaurante da cadeia no Brasil a ter uma esteira que mostrará o caminho percorrido pelo sanduíche, da cozinha até o balcão – uma inovação existente em uma unidade da marca no aeroporto de Sydney.

Moderno
McDonald’s do aeroporto de Sidney: esteira aparente que leva o sanduíche da cozinha ao balcão (Divulgação/McDonald's/Veja SP)

O projeto é do arquiteto australiano Mark Landini, que tem trabalhos ao redor do mundo como o McDonald’s da Times Square, em Nova York, e o supermercado Aldi China, em Xangai. A ideia em São Paulo é modernizar o espaço, preservando ao máximo o prédio antigo. “Vamos adaptar o local às necessidades que temos. Mas o eixo central da casa será todo preservado. Não só a fachada, como também o piso, o pé direito duplo, a claraboia e a escadaria”, explica Sergio Antonon, diretor de engenharia do McDonald’s. 

Construída nos anos 40, a mansão com onze cômodos e cerca de 500 metros quadrados foi projetada pelo arquiteto Alberto Barsuglia. Levou cinco anos para ficar pronta. Até 1995, serviu de morada para um casal de imigrantes – um comerciante sírio e uma pianista italiana. Para construir o casarão dos sonhos até hoje na cobiçada esquina, eles demoliram um outro imóvel que existia no terreno. 

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Interior
Mansão ainda mantém escadaria em mármore rosa de seu projeto original (Reprodução/Veja SP)

Nos dez anos seguintes, a mansão foi sede de bancos. Lá funcionaram agências do BankBoston e do Itaú até meados de 2016. Foi durante esse período que o casarão passou a ficar famoso em razão de suas chamativas decorações de Natal. Depois disso, passou a ser usado para receber eventos e atrações de empresas. Em março de 2017, a Nike ocupou o ambiente por um mês para promover um novo modelo de tênis. Outras marcas, como Pantene, NBA e Payot também ocuparam o ponto. 

Andar de cima
Ideia é que parte de cima do restaurante traga ares de coworking (Divulgação/McDonald's/Veja SP)
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O projeto da nova unidade da rede de fast-food contemplará ainda o uso da área externa do terreno, um espaço de 900 metros onde funcionava o estacionamento. O objetivo é que agora ela seja voltado para que o público tire fotos e poste nas redes sociais. Trará arquibancada, jardim com árvores e cantinho com decoração instagramável. Outro local do casarão  preservado com esse propósito é a escadaria. No andar de cima, haverá um salão com ares de coworking e café.

O novo McDonald’s terá capacidade de 220 lugares e prevê vender cerca de 10 000 big macs por mês, de acordo com cálculos da franquia.

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