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OLÁ,

Don Juan do funk, MC Livinho faz sucesso no YouTube

Com dois anos de carreira, vídeos do funkeiro chegam a atingir mais de 80 milhões de visualizações

Por Vinicius Tamamoto
Atualizado em 27 dez 2016, 16h27 - Publicado em 30 jul 2016, 00h00
MC Livinho
MC Livinho (Rogério Albuquerque/)
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Se você já se perdeu com a quantidade de funkeiros que estouraram nos últimos anos, prepare-se: o nome da vez tem corpo tatuado, barriga tanquinho e bigode à la Don Juan. O paulistano Oliver Decesary Santos, de 21 anos, conhecido como MC Livinho, virou hit. Seu videoclipe Cheia de Marra, lançado em maio, tornou-se um fenômeno do YouTube, a despeito do enredo politicamente incorreto (ele aparece seduzindo filha, mãe e avó). A peça alcançou mais de 67 milhões de visualizações em dois meses. Para se ter uma ideia da façanha, o famoso Beijinho no Ombro, de Valesca Popozuda, levou dois anos para atingir a mesma marca.

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O garoto tem uma biografia peculiar. De família evangélica, começou a se interessar por música na igreja que frequentava, no Jardim Peri, na Zona Norte. Ali, aprendeu a tocar violino e a ler partituras. Desistiu do gospel aos 15 anos, quando passou a fazer vídeos amadores cantando funk no YouTube, mas só ficou famoso aos 19, depois de seguir o conselho do produtor DJ Perera, popular por lançar MCs, e compor letras que descrevem situações pornográficas, cheias de palavrões. Assim nasceu a autoexplicativa Mulher Kama Sutra e uma versão boca-suja da canção-tema do desenho Branca de Neve intitulada Picada Fatal.

No fim de 2015, o MC decidiu pegar menos pesado nas composições. “Vi muita criança indo assistir aos shows, e não pegava bem.” Antes de Cheia de Marra, emplacou os hits Tudo de Bom e Bem Querer, com 83 milhões e 70 milhões de views até agora, respectivamente. “Quero conquistar o mundo”, ambiciona ele, que comprou dois apartamentos em Santana, num total estimado de 1 milhão de reais, e dois carros — um Ford Edge 2012 e um Range Rover Evoque zerinho.

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Livinho é um fenômeno musical exclusivo da internet e não aparece no topo das paradas radiofônicas. Os vinte shows mensais (com cachê a partir de 20 000 reais) costumam acontecer em casas noturnas da periferia, mas lotam. “Sou louca por ele”, afirma a estudante Natalia Leandra de Moraes, de 25 anos. Ela fez duas tatuagens em homenagem ao cantor e virou uma madrugada em frente a um condomínio para lhe desejar feliz Ano-Novo — só conseguiu cumprimentá-lo no dia seguinte.

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ASCENSÃO METEÓRICA

Números colecionados em dois anos de carreira

2,7 milhões de seguidores no Instagram, na maioria mulheres

20 shows por mês, média de cinco por semana

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20 000 reais é o valor mínimo do cachê (30 000 reais em alguns casos)

Assista ao videoclipe de Cheia de Marra:

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