Durante o processo de delação premiada, executivos da Odebrecht disseram que a senadora e candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PMDB) recebeu 500 000 reais da empresa via caixa dois na sua campanha em 2010 para o Senado. A informação foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo nesta quarta-feira (17). Esse valor hoje, corrigido pela inflação, chegaria a 757 000 reais.
Ainda segundo o jornal, as afirmações foram feitas há cerca de duas semanas na presença dos procuradores da República de Curitiba. Em depoimento, os executivos disseram que os 500 000 reais foram combinados com o empresário Márcio Toledo, marido de Marta que, na época, era seu namorado.
Essas citações fazem parte dos volumes preliminares da negociação com os procuradores. O acordo de delação ainda não foi fechado.
Procurada pela Folha, a senadora negou as acusações. “Os responsáveis pela arrecadação e prestações de contas foram o tesoureiro da campanha e o Comitê Financeiro único do PT”, rebateu Marta por meio da sua assessoria. De acordo com a candidata, todas as doações de campanha foram contabilizadas oficialmente e declaradas à Justiça Eleitoral. Seu marido, também citado, disse que a afirmação sobre o seu envolvimento é “leviana e mentirosa”.
Nesta terça-feira (16), Marta começou a sua campanha pela prefeitura de São Paulo na Zona Leste da cidade.