A cantora paulistana Mariana Aydar, de 31 anos, teve um bom desempenho em seus dois primeiros discos, “Kavita 1” (2006) e “Peixes Pássaros Pessoas” (2009). Mas era no palco que esses trabalhos cresciam e ela se mostrava uma intérprete muito mais interessante. “Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo”, que ela lança na sexta (23), foi gravado ao vivo, e isso se mostrou determinante para uma evolução em relação aos CDs anteriores. “No estúdio eu me sinto sufocada ao colocar aquele fone na orelha”, diz. “Preciso da magia do palco, com todos os instrumentistas reunidos ali.”
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Produzido pelo percussionista e saxofonista Letieres Leite, líder da ótima Orkestra Rumpilezz, e pelo músico Duani Martins, o novo trabalho se afasta do samba, gênero com o qual Mariana flertou desde a estreia. “Vai Vadiar”, clássico conhecido na voz de Zeca Pagodinho, até integra o repertório, porém com uma levada mais lenta. “Tenho de comer muito arroz e feijão e ouvir muito Beth Carvalho antes de me rotularem como sambista”, afirma.
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“Por isso preferi partir para um lado mais afro-brasileiro.” Na noite de lançamento, a moça canta “Porto” (Romulo Fróes e Nuno Ramos), “Não Foi em Vão” (Thalma de Freitas), “Nine Out of Tem” (Caetano Veloso) e “Galope Rasante” (Zé Ramalho). Ao seu lado estão Guilherme Held (guitarra), Robinho (baixo), Ricardo Prado (teclados), Bruninho Marques (bateria) e Dalua (percussão). O rapper Emicida faz uma participação especial.