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Marcelo Tas: “Saí do CQC porque eu não podia mudar mais o programa”

Pela primeira vez desde que anunciou sua saída da atração por meio de uma carta, jornalista fala sobre sua decisão e comenta novos planos para 2015

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 5 dez 2016, 13h46 - Publicado em 28 nov 2014, 21h11
Marcelo Tas
Marcelo Tas (reprodução/)
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Com uma gargalhada, Marcelo Tas diz que sua única certeza sobre 2015 é que irá tirar férias com a família em janeiro. “Estou leve por conta disso”, afirma. Em dezembro, termina seu contrato com a Band, emissora em que atuou nos últimos sete anos como o principal roteirista e apresentador do CQC, programa que mescla jornalismo com humor exibido nas noites de segunda-feira. Em março, Dan Stulbach passará a ocupar seu lugar na bancada.

Desde que anunciou sua saída por meio de uma carta no início de novembro, Tas tem conversado com a cúpula da Band sobre um novo projeto, Ernesto Varela Uploaded, que traz de volta o repórter irreverente, um de seus principais personagens nas décadas de 80 e 90. Até o momento, a direção da emissora não assinalou nenhuma definição. Ele também investe em novos trabalhos na Donaranha, produtora de conteúdo e ferramentas para a web aberta há um ano.

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A seguir, pela primeira vez, o jornalista comenta sobre sua saída do CQC e seus novos rumos.

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Por que decidiu sair do CQC?

Em novembro do ano passado, procurei a direção, dizendo que meu ciclo havia terminado. Percebi que não conseguiria mais colaborar criativamente com o programa. O CQC é um formato comprado e não há como mexer muito nele, torna-se algo meio engessado. E olha que conseguimos transformar certos conceitos. Por exemplo, na Argentina, ele é considerado um programa para jovens. Aqui, a família se reúne para assisti-lo. Como havia eleições e Copa do Mundo em 2014, a direção pediu para permanecer por mais este ano.

Quais seus planos?

Já estava inquieto no ano passado e decidi abrir a Donaranha, produtora de conteúdo e ferramentas para a web, em parceria com o Ricardo Gimenez, diretor de arte. Naquela época, fomos contratados para reestruturar os canais de comunicação da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e suas 400 afiliadas. Entre elas, a Associação Comercial de São Paulo, uma instituição de 120 anos. Produzimos vídeos, destacamos o “impostômetro” (ferramenta que mostra quanto o comércio pagou em impostos durante o ano), produzimos notícias, novas ferramentas e lançamos o novo portal na semana passada. Foi um grande prazer e seguiremos prestando essa consultoria até março. Estamos também com um contrato com o Museu do Amanhã e criaremos um game para eles.

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E na televisão?

A ideia é realizar a série Ernesto Varela Uploaded, uma espécie de reality show na ilha de edição. Vamos levar para lá os entrevistados do Ernesto Varela nas décadas de 80 e 90, como Paulo Maluf e Lula, e contextualizar com a nossa realidade atual. Já tenho treze episódios roteirizados. Conversei com a Band, mas há também convites de outras quatro emissoras. Em 2015, em parceria com o Instituto Moreira Salles, lançaremos um DVD com todas as oito horas dos programas do Ernesto Varela. No mais, a única certeza sobre 2015 é que passarei o mês de janeiro viajando com minha família. Essa incerteza, esse leque de opções, me deixa leve.

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