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Máquina italiana para o serviço de vinho em copo faz sucesso

À medida que o líquido é retirado, o espaço vazio é preenchido com gás nitrogênio ou argônio

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h31 - Publicado em 18 set 2009, 20h27
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  • No restaurante Vinoteca Empório Santa Maria, no Itaim, uma garrafa do refinado e caro tinto português Pêra-Manca 2005, produzido na região do Alentejo, não sai por menos de 600 reais. Raros clientes se dão ao luxo de degustar uma delas durante a refeição. Até bem pouco tempo atrás, também era impensável servir um vinho dessa categoria em taça. “A taxa de desperdício seria altíssima”, explica Bernardo Ouro Preto, um dos sócios do Santa Maria. Desde o fim do ano passado, esse panorama mudou. O empresário trouxe da Itália máquinas climatizadoras Enomatic para o serviço de doses em sistema de autoatendimento. Rótulos tão caros quanto o Pêra-Manca (e outros muito mais baratos, é claro) começaram a ser oferecidos. À medida que o próprio cliente retira o líquido, o espaço vazio no interior da garrafa é preenchido com gás nitrogênio ou argônio, como se ela nunca tivesse sido aberta. Assim, evita-se a oxidação da bebida, cujas características originais se mantêm por cerca de três semanas. “Aqui não temos necessidade de tanto tempo, pois muitos vinhos chegam a ser repostos mais de uma vez ao dia”, diz Ouro Preto.

    No Santa Maria, estão disponíveis 48 rótulos, entre brancos, tintos, rosés e de sobremesa, originários de Itália, França, Chile, Austrália, Nova Zelândia e outras regiões. Para apreciá-los, o cliente recebe um cartão magnético, insere-o na máquina e seleciona a quantidade desejada. Há doses de 30, 60 ou 120 mililitros, cujos preços variam de 4 a 128 reais (caso da dose maior do Pêra-Manca) e ficam registrados na comanda virtual. “Essas máquinas já existiam, mas não com essa eficiente tecnologia de fracionamento em doses combinada ao autoatendimento”, afirma o especialista Jorge Carrara, colunista do jornal Folha de S.Paulo. “Testei e aprovei o novo equipamento.”

    Fabricados em Greve in Chianti, cidade na região da Toscana, os produtos Enomatic já se encontram em mais de cinquenta países. Dez deles foram visitados por Tadeu Masano, proprietário do Amadeus, nos Jardins. Ele incrementou seu restaurante, especializado em peixes e frutos do mar, ao comprar duas dessas máquinas em dezembro. Ao todo, há dezesseis garrafas entre brancos e tintos. “Nossa aposta é a harmonização de uma taça diferente com cada prato do menu degustação”, diz Bella Masano, filha de Tadeu e chef de cozinha.

    O investimento é alto. Uma máquina com capacidade de armazenar oito garrafas custa 50 000 reais. Na Vinoteca, há seis. “Muitos empresários demonstram interesse no equipamento, mas ainda não conseguimos fechar outros negócios”, conta Ouro Preto, também representante da marca no país. A Vinoteca planeja lançar um cartão de presente com créditos variados para o Dia dos Pais. Tadeu Masano, por sua vez, desenvolve o projeto de um wine bar para o próximo ano. “Planejo oferecer 100 rótulos em copo.”

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