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‘Panelas Vazias’, o movimento que expõe a fome nas favelas na pandemia

Os manifestantes buscam impulsionar a arrecadação de alimentos e convocam o poder público a amparar famílias de baixa renda

Por Artur Alvarez
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h28 - Publicado em 26 mar 2021, 19h45
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  • Um grupo de manifestantes pediu, nesta sexta-feira (26), maior conscientização acerca da realidade de fome que assola muitos brasileiros na pandemia. Liderados por Gilson Rodrigues, presidente do grupo G10 Favelas e da União de Moradores de Paraisópolis, os integrantes do movimento “Panelas Vazias” realizaram o ato pacífico na Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, às 12h, horário simbólico do almoço.

    manifestantes posando para a faixa segurando um cartaz
    (Caio Caciporé/Divulgação)

    “O Brasil tem fome. Este momento é de grande desespero no país, milhões de pessoas precisam de ajuda e de um prato de comida. As panelas estão vazias, faltam políticas públicas e falta um auxílio emergencial digno para as pessoas”, disse Gilson. 

    A fome é uma questão mais pungente atualmente porque as doações – de alimentos e itens de higiene básica – caíram cerca de 95% em comparação com agosto de 2020. Nesse período do ano passado houve um boom de doações, mas, agora, no pior momento da pandemia, houve uma drástica redução de doações.

    panelas-vazias-gilson-manifestante
    Gilson (à esq.) e manifestante segurando panelas vazias, em alusão à situação de diversas famílias das comunidades (Caio Caciporé/Divulgação)
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    Para tentar reverter a situação, Gilson pediu que “quem puder, marque #panelasvazias e ajude quem mais precisa doando uma marmita e uma cesta básica”. O líder comunitário de Paraisópolis e o G10 têm concentrado esforços para trazer mais arrecadações. É possível doar pelo PIX (12.772.787/0001-99) e de diversas outras maneiras através do site da G10 (clique aqui).

    Seguindo as falas do líder comunitário, o “Panelas Vazias” quer chamar atenção para a falta de alimentação à população de diferentes regiões do Brasil. O objetivo é impulsionar a campanha de arrecadação de alimentos e conseguir a atenção do poder público e da sociedade civil para a fome nessas comunidades, gravemente afetadas pela pandemia de Covid-19. Até por isso o local escolhido para o ato foi na altura do 4500 da Giovanni, bem próxima à favela de Paraisópolis.

    Durante o ato desta sexta, todos os integrantes seguiram as medidas sanitárias de distanciamento e utilizaram máscaras de proteção. Estavam todos vestidos de branco e traziam panelas vazias nas mãos para simbolizar a fome. 

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    Repercussão internacional

    Solidária ao movimento ‘Panelas Vazias’, a empresa portuguesa eSolidar entrou como apoiadora do G10 na causa e internacionalizou o movimento. Com o apoio da plataforma, utilizada para desenvolvimento de projetos de impacto social, pessoas do mundo inteiro poderão ajudar na arrecadação de recursos para o G10 acudir os moradores das comunidades. 

    “A eSolidar é uma parceira desde 2019 e, com a plataforma de financiamento coletivo ao longo desses anos, conseguimos fazer chegar ajuda a dezenas de favelas no Brasil inteiro, com marmitas e cestas básicas”, afirmou Gilson.

    Segundo a empresa, o movimento chamou a atenção da imprensa mundial, com notícias em países como os Estados Unidos e o Japão. Clique aqui para acessar a página da campanha de arrecadação do ‘Panelas Vazias’ no eSolidar.

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